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Sebrae considera risco pequeno
RACHEL BOTELHO
da Redação
As micro e pequenas empresas
não devem ser muito atingidas pelo bug. A afirmação é do Sebrae
(Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e do
Simpi (Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São
Paulo).
Segundo pesquisa realizada pelo
Sebrae no mês de agosto de 1998, a
informatização das micro e pequenas empresas paulistas é recente.
Em 1988, 14% estavam informatizadas; hoje, elas somam 56%.
"A informatização recente faz
com que o impacto não seja grande, porque os sistemas novos estão
livres do bug", explica Egnaldo de
Oliveira Paulino, consultor de informática do Sebrae-SP.
Os dados do Simpi, porém, divergem daqueles divulgados pelo
Sebrae. Uma pesquisa feita pela
instituição afirma que apenas 5%
das micro e pequenas empresas
brasileiras operam com sistemas
informatizados. No Estado de São
Paulo, esse número sobe para 15%
-sem incluir os computadores
que trabalham apenas como máquina de escrever.
Setor determinante
Há dois anos, o Simpi vem alertando as empresas sobre o problema. Segundo Walther Dorighelo,
50, diretor do Centro de Negócios
do sindicato, setores de tecnologia
intensiva -como eletroeletrônica, telecomunicação, automação
bancária e lojas de varejo- estão
bastante adiantados no combate
ao problema.
"Não importa o tamanho, mas o
setor em que a empresa está e a necessidade que tem do uso da informática", disse.
Segundo Dorighelo, a maioria
das empresas de pequeno porte,
como marcenarias e mercadinhos
informatizados, não têm urgência
de adequação e podem esperar
dois ou três anos sem que o bug as
prejudique. "O dono da oficina
mecânica que usa o computador
só para fazer orçamentos não vai
ter problemas", disse.
De acordo com boletim divulgado pelo Sebrae, o impacto do bug
deve vir de fora. "Todas (as micro e
pequenas empresas) dependem de
bancos para receber e para pagar,
algumas fazem parte de cadeias de
produção automatizadas de grandes empresas etc."
Empresas que ainda não começaram a adaptar seus sistemas e
não têm dinheiro podem recorrer
a linhas de crédito específicas.
Para conseguir a linha de crédito
do Banco do Brasil, criada em janeiro, é preciso ser ou se tornar
cliente da instituição e elaborar um
projeto conjunto com o Sebrae. O
limite de crédito é R$ 50 mil, e o
prazo de pagamento é de 36 meses,
com carência de até um ano.
No Bradesco, o financiamento é
de até 36 meses, com juros de 3%
ao mês, mais TR. Não é preciso ser
cliente do banco.
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