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Bancos fizeram ajustes
da Redação
Os bancos são as instituições
mais preparadas contra panes de
sistema na entrada do ano 2000,
segundo as consultorias.
As próprias instituições tranquilizam clientes e mercado afirmando que todas as providências contra o bug já foram tomadas. Apesar
disso, a lista de possíveis problemas é grande.
No caso dos bancos, o bug pode
comprometer a troca de informações entre agências e instituições e
confundir o sistema de informação
de dados (saldos, extratos etc).
O problema mais temido, o apagamento dos números -que seria
o mesmo que perder todo o dinheiro- está descartado. "Os
bancos têm um cadastro com informações sobre a conta corrente
dos clientes", diz Roberto Elias
Squeff, diretor de apoio à automação do Bradesco.
Bradesco e Itaú estão gastando
quantias semelhantes no ajuste. O
primeiro deve gastar perto de US$
90 milhões até o fim de março. O
Itaú, que terminou o ajuste em setembro, gastou US$ 87,8 milhões.
"Já tínhamos experiência em
conversão de sistemas por causa
das crises e trocas de moeda pelas
quais o Brasil passou", diz Enio
Neves, superintendente de desenvolvimento de sistemas do Itaú.
Juros de 99 anos
Para as operadoras de cartão de
crédito, que trabalham com negócios a prazo, o desastre seria parecido com o dos bancos.
O bug pode acarretar problemas
de conexão que impeçam o registro de cobrança feita por uma loja,
por exemplo. As faturas podem
chegar erradas à casa do cliente,
com despesas diferentes das contraídas durante o mês.
Se o computador lesse uma despesa do ano 2000 como sendo de
1900, por exemplo, seriam aplicados juros relativos a 99 anos.
As operadoras concluíram seus
planos de ajuste contra o bug em
dezembro de 1998, conforme acordo com o Banco Central.
"Nossos emissores de cartão
também devem terminar seus
ajustes até o final de março", diz
Fernando Castejon, diretor de produtos e serviços da Visa no Brasil.
No caso das seguradoras, a
ameaça é a ocorrência de engano
na vigência de uma apólice ou de
cobranças indevidas.
Os sistemas de trocas de dados
entre seguradoras estão sendo checados para evitar problemas no
"resseguro" -partilha do risco de
uma apólice de grande valor entre
duas ou mais empresas.
"Como as seguradoras trabalham com períodos de 12 meses de
validade, o ajuste já foi feito", diz
Carlos Correa Henrique, gerente
de informática da AGF, que gastou
US$ 1,8 milhão no ajuste.
(TS)
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