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EUA vão gastar bilhões
da Redação e de Londres
Os Estados Unidos se declaram o
país mais preparado para enfrentar o bug. Pode ser, já nele estão o
maior número de consultorias, de
sites de informação e de grupos
contra o bug. Mas é também o país
mais vulnerável, por ser o mais informatizado, e o mais preocupado.
A empresa de pesquisas Gartner
Group estima que as despesas dos
EUA com o bug ficarão entre US$
150 bilhões e US$ 200 bilhões.
O Federal Reserve Board mantém um site na Internet onde os órgãos do governo declaram sua
prontidão -ou falta de- para enfrentar o problema. A Seguridade
Social, que era uma das grandes
preocupações, diz estar totalmente
prevenida e que todos receberão
benefícios sem interrupção.
Dos setores do governo, o mais
atrasado é o de energia, que tem
um orçamento estimado de US$
197,7 milhões e só completou 50%
das modificações. Os mais adiantados são comércio, que deve consumir US$ 112,9 milhões, e Seguridade, que custará US$ 33 milhões.
Quanto às empresas, só 7,1% já
encerraram suas correções, segundo dados da OCDE. Só a United
Technologies, que fabrica elevadores, motores de avião e aparelhos
de ar-condicionado, disse na semana passada que vai gastar US$
120 milhões por causa do bug.
Mesmo sistemas muito recentes
estavam completamente despreparados. O novo aeroporto internacional de Denver's, que custou
mais de US$ 4 bilhões, está gastando milhões para testar e corrigir
problemas ligados ao bug.
Os programadores de Cobol, que
já nem conseguiam mais emprego,
viram-se subitamente valorizados
pela necessidade de rever os sistemas antigos, e seu salário médio
está atingindo até US$ 75 a hora.
De acordo com pesquisa feita pelo Instituto Gallup no princípio
deste mês, a maioria da população
não está muito preocupada. Só
uma a cada oito pessoas espera ter
algum problema pessoal com ele.
Da mesma forma, só uma a cada
oito pensa em retirar dinheiro do
banco para se prevenir. Segundo a
National Federation of Independent Business, 50% das pequenas
empresas não têm nenhum plano
para a chegada do ano 2000.
Reino Unido
Uma em cada dez empresas britânicas já foi afetada pelo bug do
milênio, segundo levantamento do
governo do Reino Unido.
Os problemas encontrados vão
da simples inaptidão dos bancos
em emitir um cartão de crédito
com uma data de validade correta
a prejuízos financeiros maiores,
como o desperdício de comida.
Um fornecedor de carne bovina
teve todo um carregamento destruído porque a data de validade
do produto, 2001, não foi lida corretamente pelo sistema de armazenamento automatizado. Entendendo que a carne tinha 97 anos de
idade, o computador descartou o
estoque e ordenou sua destruição.
O governo britânico optou pelo
"tratamento de choque" para
acordar as empresas. Campanhas
agressivas chegam ao rádio, à TV e
à mídia impressa regularmente.
Alertas recentes deixaram em
evidência a ameaça ao sistema carcerário na Escócia. As prisões escocesas são automatizadas, e teme-se que as celas se abram à
meia-noite do dia 31 de dezembro.
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