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PEÇAS > ZÈROI
ZÈROI
Espetáculo de rua, que estreou em 95, no Parque da Independência, no Ipiranga, em São Paulo para um público estimado em 2 mil pessoas. Com uma estrutura de seis toneladas de material, equipe de 30 pessoas, era como um grande circo sem lona, que ocupava aproximadamente 400 m2.

Esta grandiosidade não possibilitou longa vida ao espetáculo, que realizou ao todo 5 cinco apresentações. Duas no Ipiranga, duas em Diadema e uma no Porto Alegre Em Cena, Festival da capital gaúcha. Sua média de público total foi de 10 mil espectadores. A realidade da produção artística no país e as políticas públicas vigentes na época não abrigavam empreendimentos deste tamanho.

O espetáculo foi produzido com Prêmio Estímulo e apoio do Sesc São Paulo, numa associação entre os Parlapatões, E.C.P Estudos Programados e a Cia. Cênica Nau de Ícaros. Seus ensaios foram realizados na Oficina Cultural Amázzio Mazzaropi, como um esboço de projeto de Residência em espaços de administração pública por grupos teatrais.

Segundo texto da trilogia de Hugo Possolo, cujo tema central é a morte visando abrir questionamentos sobre o sentido da vida. O texto anterior, Sardanapalo, abordava a morte do ponto de vista de quem tinha muito a perder diante da dela. Em Zèrói, a situação se inverte, o homem comum, o Zé ninguém se torna herói por decreto. Como não tem nada a perder é obrigado a acabar com a imortalidade, que em seu reino fabuloso atrapalha a vida e os negócios dos homens poderosos, o rei, a igreja e os evangélicos.

Em Sardanapalo, a vida de Alexandre o grande se altera quando este encontrar com uma estátua, que na peça ganha vida em um mendigo. Zèrói, o personagem título, é um mendigo, um desiludido que luta apenas pela sua sobrevivência. O acaso e uma certa dose de romantismo falsificado o levam sair em sua aventura épica.

A estrutura circense que amparava a encenação teatral da história, a colocava o espetáculo em um híbrido de teatro e circo. Um coro narrava situações que ganhavam imagens com pernas-de-pau de mais de 3 metros, números de trapézio de vôos, corda-marinha, corda indiana e um imenso elevador em cena.

O divertido resultado significou muito na profissionalização das atividades de produção do grupo.