Luiz Brasil

 

Luiz Brasil - Brasilêru

Brasilêru - capa

Desde o final de 1990 eu brinco de gravar minhas músicas, quando adquiri um computador que me dava essa possibilidade. Nenhuma música chegou a ser finalizada, portanto nunca tinha sentido o gostinho de um trabalho pronto. Eu percebi que tudo que saía de minha casa poderia ir direto pro CD de qualquer artista que eu produzisse. Então, desde o final de 2003 eu comecei de fato a gravar minhas musicas, ainda sem pensar que seria isso o início de meu primeiro trabalho solo. Eu nunca tinha sentido a necessidade de ter algo meu assim, pois sempre considerei o que fiz toda a vida para o trabalho de outros artistas como meu trabalho.

Até que em meados de 2003, quando minhas músicas começaram a tomar forma, eu senti um tesão tão grande por aqueles sons gravados, como nunca antes tinha sentido. Eu tinha realmente um CD pra botar na rua! Pensei então em como ele sairia de minha casa… por um selo instrumental, uma gravadora européia, mil idéias! Mas então eu não mais tinha tempo pra nada, ou estava gravando minhas músicas em casa ou em qualquer lugar onde estivesse.

Ao mesmo tempo que tive instrumentos gravados no melhor e mais moderno estúdio de Nova Iorque, como foi o caso do piano de Ryuichi Sakamoto, eu tenho os pandeiros do Yago gravados em meu quarto em Salvador, com os sons de passarinhos e tudo.

Eu que tenho trabalhado muito com arranjo e colocado eles em inúmeros trabalhos, para o meu foi tão diferente ! Nenhum foi feito intencionalmente, ou seja depois do violão e a maioria das coisas gravadas eu complementava com alguma coisa de arranjo, Querubim foi a única que eu escrevi para a gravação. O arranjo de cordas de Menino Meu, por exemplo, foi gravado em meu apartamento no Rio de Janeiro por Edith Maretzki. Foram quatorze violinos gravados um a um.

Os 26 músicos que gravaram esse trabalho são todos meus amigos e cada um é uma participação especial. Com tudo isso na minha mão eu não parei mais, até que o CD ficou pronto em fins de novembro de 2004. Como nessa época eu sempre venho pra Salvador, minha referência de vida, resolvi eu mesmo criar um selo e mandar meu filho para a fabrica e lançar ele na minha própria casa: Salvador.

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