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CONJUNTURA
Presidente do Fed diz que país esta "excepcionalmente bem"; Bolsa de NY sobe 2,03%
Economia dos EUA é "invejada pelo mundo", diz Greenspan
das agências internacionais
A economia norte-americana vai
indo "excepcionalmente bem",
reafirmou ontem o presidente do
Fed (Federal Reserve), o banco
central norte-americano, Alan
Greenspan, em um pronunciamento feito ao comitê bancário da
Câmara de Representantes.
Greenspan disse que as pressões
competitivas estão levando as empresas do país a terem de operar
com mais eficiência. A economia
dos EUA é hoje, segundo a definição do presidente do Fed, "invejada pelo mundo".
As vendas no varejo subiram
0,2% em janeiro, segundo informe
divulgado ontem pelo Departamento de Comércio. Lojas de departamentos lideraram os ganhos
no mês passado. O incremento de
janeiro é, porém, inferior ao aumento de 1% registrado em dezembro passado.
O número de norte-americanos
que pediram pela primeira vez o
seguro-desemprego caiu em 13 mil
na semana que terminou em 6 de
fevereiro e chegou a um total ajustado de 281 mil, afirmou o Departamento do Trabalho.
"É uma economia forte e vibrante", disse Cynthia Latta, economista da agência de avaliação de risco
de crédito Standard & Poor's em
Lexington, Massachusetts. "As
pessoas estão trabalhando e gastando dinheiro".
Após as declarações de Greenspan, o índice Dow Jones, que reúne
as ações mais negociadas na Bolsa
de Nova York, fechou com alta de
2,03%. Investidores interpretaram
as palavras do presidente do Fed
como um sinal de que o banco central não deve aumentar os juros no
país.
"O fato de Greenspan não ter falado sobre juros beneficia todo o
mercado", afirmou Tim Ghriskey,
gerente de portfólio da Dreyfus
Corp.
Economistas dizem que a combinação de baixo desemprego e aumento de rendimentos manterá o
alto o consumo nos próximos meses.
Reforma bancária
Em seu pronunciamento ontem,
Greenspan defendeu mais uma vez
a reforma que está sendo feita no
sistema bancário dos EUA. Segundo ele, se não forem eliminadas as
barreiras que separam as atividades bancárias das de seguros ou
corretagem, cairá a competitividade das instituições financeiras norte-americanas.
Greenspan afirmou que essas
barreiras levam os grupos financeiros a adotarem medidas complicadas e onerosas. "A menos que
sejam levantadas, essas barreiras
podem pôr em perigo o domínio
das finanças norte-americanas",
afirmou. A Câmara de Representantes aprovou a reforma bancária
em maio, mas o texto ainda não foi
discutido no Senado.
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