Da Redação
Em São Paulo

Entrosamento. Este foi o ponto principal da equipe Brasil Verde, que reúne os campeões olímpicos de Barcelona (92) Tande, Giovane e Carlão, além de Paulo Emílio, na vitória sobre os EUA Vermelho, na manhã desta sexta, abrindo a chave masculina do Desafio Brasil x EUA de Quartetos.

Os brasileiros marcaram 15-11 e apresentaram um conjunto muito positivo, fundamental para a disputa entre quartetos de vôlei de praia. A mesma sorte não teve a equipe Amarela, formada pelos campeões do circuito mundial de vôlei de praia, Guilherme, Pará, Emanuel e Loiola. Eles perderam para os EUA Azul por 8-15.

A segunda rodada acontece no final do dia, a partir das 18 horas, entre as equipes Brasil Verde x EUA Azul e Brasil Amarelo x EUA Vermelho.

No sábado, serão realizadas as finais do feminino. Brasil Amarelo, de Sandra Pires, Adriana Samuel, Shelda e Magda, joga contra EUA Vermelho, formado por Gabrielle Reece, Annett Buckner, Stephanie Cox e Jennifer Jordan, que nesta sexta, no desempate entre norte-americanos, venceu por 15-8.

A partida será realizada às 9 horas, com transmissão ao vivo pela Rede Globo, após a decisão do terceiro lugar entre Brasil Verde x EUA Azul. Os jogos têm entrada gratuita ao público.

Na rodada desta sexta em Copacabana, os fãs do esporte puderam matar um pouco da saudade da seleção brasileira de 92, campeã olímpica em Barcelona. Na rede, Tande, Carlão e Giovane, três integrantes daquela equipe e que atualmente disputam o circuito
mundial de vôlei de praia.

O longo tempo jogando juntos e o conhecimento mútuo foram fundamentais para a boa performance da equipe diante dos norte-americanos. No início da partida, os brasileiros chegaram a abrir uma vantagem de 10 a 3.

Nem mesmo a melhora do adversários, que diminuíram a diferença para 11 a 8, tirou a concentração dos brasileiros, que fecharam em 15 a 8.

"Começamos bem, mas passamos a errar muito na metade do jogo. Felizmente, conseguimos recuperar a concentração e fechar o jogo com vitória", destacou o atacante Giovane. A estratégia da equipe foi colocar Paulo Emílio como levantador.

"Era mais natural, pois eles estavam acostumados a jogar juntos", declarou o jogador, que foi eleito o melhor do circuito mundial de vôlei de praia na temporada 92/93.

Na outra partida, o Brasil Amarelo sentiu a falta de conjunto. Os jogadores não conseguiram o entrosamento perfeito e foram superados com facilidade pelos norte-americanos.

"Perdemos por não termos jogado como uma equipe. Cada um estava preocupado com si próprio. Se quisermos chegar à final, vamos ter de mudar o jogo e, infelizmente, torcer contra nossos amigos no jogo da tarde", afirmou Emanuel, bicampeão do circuito mundial de vôlei de praia.

Para o norte-americano Dain Blanton, destaque dos EUA Azul, o jogo foi duro mas o resultado acabou premiando o esforço do grupo. "Estávamos diante dos melhores jogadores de vôlei de praia na atualidade. Mas eles nunca jogaram juntos e aproveitamos esse detalhe. Corremos em busca da vitória o tempo todo."