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Leia entrevista com o presidente do Botafogo
23h51 - 09/11/98

Agência JB
No Rio de Janeiro

O fracasso do Botafogo nos campeonatos Estadual e Brasileiro foi uma ducha de água fria nas expectativas do presidente José Luís Rolim. Os pesados investimentos em jogadores como Bebeto, Túlio, Sérgio Manoel e o fiasco Júlio César foram suficientes apenas para que o time fugisse do rebaixamento à Série B do Brasileiro-98.

Mas Rolim já faz planos para evitar que os vexames continuem no próximo ano, o último de seu mandato, ao qual não pretende tentar se reeleger.

- Quais são as lições, em termos de contratações, que ficam após este Campeonato Brasileiro?
Não queremos jogadores que estejam em fase descendente. Queremos aqueles que estejam atrás de um crescimento na carreira. No Sport, por exemplo, apenas o Jackson é conhecido, mas o time chegou.
O essencial é uma equipe compacta e disposta a competir com
profissionalismo. Muitos dos jogadores do Sport e do Coritiba ganham salários pequenos e estão loucos para ganharem um salário médio em 1999 jogando por clubes de maior projeção.

- Já que o Botafogo não rendeu no Brasileiro, essa filosofia vai inviabilizar a permanência da parte do elenco com os salários mais altos?
Apenas o goleiro Vágner, cujo o passe é do clube, está garantido. Júlio César, que não jogou nada, não fica. Túlio, Bebeto e os outros jogadores do banco Excel
estão numa situação de indefinição.
Tudo vai depender das condições que serão impostas para eles permanecerem no clube. Mas pagaremos salários apenas dentro da nossa realidade.

- O que providências o senhor pretende tomar com a saída do Banco Excel após junho de 99?
- O contrato vai ser cumprido, mas, se acertarmos antes com um patrocinador, faremos uma rescisão amistosa. Estive um pouco afastado do futebol em 98 por estar atrás de parceiros para nosso projeto de clube empresa. Mas a crise econômica empacou o mercado.

- Qual é o prejuízo estimado com a eliminação dos playoffs do Brasileiro?
- De imediato, deixaremos de faturar R$ 800 mil. Se estendermos isso até as finais, o prejuízo chega a R$ 1,5 milhão. Para evitar problemas de caixa neste fim ano, estamos estudando propostas de amistosos no Oriente Médio e na Jamaica.

- O ex-presidente do conselho deliberativo, Jorge Aurélio Dominguez, fez críticas ao senhor e disse que Mauro Ney Palmeiro, atual presidente do conselho é omisso.
- Ninguém é mais omisso que esse senhor. Desde que ele deixou a presidência do conselho, não foi mais às reuniões apesar de ser benemérito. É pena que nunca tenha feito essas
críticas nas reuniões do conselho.
Ele quase nunca vai aos estádios para ver o Botafogo. Nas
únicas vezes em que me lembro, foi ao Chile e ao Japão às custas do clube. O ex-presidente Mauro Ney (92-93) freqüenta e participa da vida política do Botafogo há 40 anos.

- O senhor está brigado com o Carlos Augusto Montenegro?
- Nada disso, ele continua a apoiar minha administração. Quase toda minha diretoria fez parte da gestão Montenegro. Ele apenas está um pouco afastado por causa do intenso trabalho pelo Ibope nestas últimas eleições.

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