MINEIRINHO
"Depois de travar violento tiroteio com policiais cariocas, "Mineirinho", que se encontrava
homisiado no Morro da Previdência, onde fôra receber um "auxílio" de um contraventor,
conseguiu furar o cêrco policial, escalando uma barreira de aproximadamente 30 metros e
tomou destino ignorado.
Os policiais que provocaram a fuga do perigoso marginal, seguiram, imediatamente, para o
Morro de Mangueira, onde esperam localizá-lo, num local onde o mesmo havia marcado com
alguns de seus comparsas. O fato ocorreu às últimas horas da noite de ontem.
Na Rua da América, por onde tem uma das entradas para o Morro de Previdência, desde às
primeiras horas da tarde de ontem, quando chegou a primeira informação de que
"Mineirinho" ali se encontrava, transformou-se numa verdadeira praça de guerra: cêrca de
100 policiais, armados de metralhadoras e com ordem de capturá-lo (de "qualquer maneira")
vasculhavam as ruas da favela.
Já às primeiras horas da madrugada de hoje, os policiais deslocaram-se para o Morro de
Mangueira, onde o marginal possui muitos amigos. Sua pris!ao poderá ocorrer ainda hoje.
Os policiais estão informados de quais as residências ( barracos ) onde "Mineirinho" poderá
fugir ao cêrco policial." Diário Carioca, 29 e 30 de abril de 1962.
"Com uma oração de Santo Antônio no bôlso e um recorte sôbre seu último tiroteio com a
Polícia, o assaltante José Miranda Rosa, "Mineirinho", foi encontrado morto no Sítio da
Serra, na Estrada Grajaú-Jacarepaguá, com três tiros nas costas, cinco no pescoço, dois no
peito, um no braço esquerdo, outro na axila esquerda e o último na perna esquerda, que
estava fraturada, dado à queima-roupa, como prova a calça chamuscada.
A Polícia após os primeiros exames periciais, afirma que o assaltante foi morto em outro
lugar, pois não foram encontradas no local suas armas. Logo após ter sido anunciado que
Mineirinho tinha sido encontrado morto, centenas de pessoas compareceram ao Sítio da
Serra para vê-lo e outro tanto foi ao Instituto Médico Legal, para onde seu corpo foi removido
à tarde. (...)
Até às últimas horas de ontem a Polícia ainda não havia esclarecido o tiroteio ocorrido
domingo último, às 22 horas, na Rua General Pedra, próximo à esquina da Rua de Santana,
onde se localiza a garagem da emprêsa de transporte Santa Cecília.
Funcionários desta garagem informaram à reportagem que o tiroteio foi travado entre vários
indivíduos que saltaram de um carro e três elementos que fugiram. Pouco depois de acabado
o tiroteio, apareceu uma viatura da RP que se retirou rapidamente, enquanto dois homens
colocavam o cadáver de um dos assaltantes num carro particular, levando-o para local
ignorado.
A reportagem encontrou no local do tiroteio inúmeras cápsulas de balas calíbre 45mm,
usadas nas metralhadoras "Thompson"e "Ina", e um par de sapatos manchado de graxa.
acredita-se que neste tiroteio tenha sido morto o assaltante Mineirinho.
Dezenas de pessoas pobres compareceram ao local onde foi encontrado o cadáver de
Mineirinho. Ninguém conseguiu aproximar-se do corpo, pois a polícia, por ordem do
delegado Agnaldo Amado, do 23o DP, afastava a todos com violência. Em geral, os
moradores do morro se mostravam contrariados com a morte de Mineirinho, que
consideravam uma versào carioca de Robin Hood.
No Instituto Médico Legal, para onde foi levado o cadáver, também compareceu grande
número de pessoas. A Polícia fiscalizou a todos que lá foram, na esperança de identificar os
que já pertenceram às suas quadrilhas. Quem identificou o corpo do assaltante foi seu pai,
que o velou durante tôda a noite.
Ontem, antes de ter sido anunciada a morte de Mineirinho, o marginal Renê da Silva,
"Negrão", membro da sua quadrilha, que se encontrava prêso na Delegacia de Vigilância,
declarou à reportagem que somente morto êle se entregaria e que êle fugiu da prisão para
matar "Cabo Luís", a quem atribuía sua prisão.
Milton Fernandes Carvalho, "Faquir", o outro assaltante da "gang" que se encontra prêso na
DV disse também que a intenção de Mineirinho era matar "Cabo Luís" e que sua grande
paixão sempre foi Maria Helena." Diário Carioca, 1 de maio de 1962.
"A Polícia completou, ontem, o quinto dia de perseguição a "Mineirinho", travando demorado
tiroteio com êle e quatro comparsas, que se ocultavam no barraco onde sempre morou o
delinqüente no morro da Favela e de onde escaparam rolando por uma ribançeira de 25
metros de altura.
Depois dêsse episódio, ocorrido quase às 20 horas, as turmas da Delegacia de Vigilância e
da Sub-Seção de Olaria perderam todas as pistas do bandido, que as autoridades, apesar
de tudo, ainda esperam encontrar, vivo ou morto, nas próximas 24 horas, contando com a
traição de seus adversarios e com a vigilância dos "olheiros" que mantêm disfarçados em
todos os morros da cidade. (...)" Diário de Notícias, 29 e 30 de abril de 1962.
"Treze vezes varado por disparos de metralhadoras "Ina" e trajando blusão verde, calça preta
e meias azuis, "Mineirinho" foi jogado morto no capinzal existente a 5 metros do meio-fio do
quilômetro 4 da estrada Grajaú-Jacarepaguá.
Parece que seu último duelo com a Polícia ocorreu na rua General Pedra, onde, batido em
plena madrugada pela turma do detetive Daniel, procurou refúgio sob um ônibus e se tornou
alvo fácil para as rajadas de balas que vinham de todos os lados, sobretudo porque seus
gritos desesperados de socorro auxiliavam o ataque furioso dos policiais.
O motorista Arcílio Meneses ( rua "E" no 342, Juiz de Fora ) foi quem deu com o corpo
atirado na mata. Parou o seu caminhão na altura da Cachoeira Grande e, depois de
constatar que o homem estava morto, chamou os guardas de serviço da rodovia. Em questão
de minutos, os policiais identificaram o homem que tinha uma bala na perna esquerda, três
nas costas, uma no braço esquerdo, uma no pescoço, uma no punho direito, uma no braço
esquerdo, quatro no peito e uma no coração. Várias delas ainda apresentavam marcas de
pólvora, indicando que os tiros haviam sido desferidos à queima-roupa.
Em volta do corpo não havia um único sinal de sangue, evidenciando que a morte não
ocorrera naquele local. Além disso, os moradores dos barracos das vizinhanças asseguraram
que ali não se travara nenhum tiroteio durante a madrugada. "Mineirinho" fôra mesmo
liquidado em outro lugar e removido para lá. (...)
Logo que se espalhou a notícia da localização do corpo de "Mineirinho", verdadeira multidão
deslocou-se na direção do quilômetro 4 da estrada Grajaú-Jacarepaguá. Foi necessario
estender um cordão de isolamento sob a orientação do delegado Cecil Borer e do comissário
Amado.
Às 15 horas, o cadáver chegou ao Instituto Médico Legal. Novamente outra multidão
aglomerou-se para tentar ver o marginal e, no meio dela, as autoridades capturaram diversos
meliantes. Hoje, os legistas farão a autópsia e, possivelmente, às 16 horas, será feito o
enterro.
Desapareceu, assim, um dos criminosos mais famosos dos últimos tempos. Moço ainda,
tinha 107 anos de cadeia por cumprir. Preferiu a morte à cela perpétua. Por duas vêzes
escapara das grades e se ocultara nos morros quase inacessíveis aos seus perseguidores.
Mas descendo à cidade, teve de enfrentar de igual para igual aquêles que estavam na sua
pista e terminou levando a pior. Quase 300 homens andavam no seu encalço desde o dia 23
de abril, quando escapara calmamente do Manicômio Judiciário jurando que nunca mais
voltaria ao cárcere." Diário de Notícias, 1 de maio de 1962.
"Não foi a Justiça quem decretou a morte do mais temível assaltante do Rio de Janeiro,
conhecido pela alcunha de "Mineirinho". Êle próprio a procurou, desafiando a tranqüilidade
pública e um aparelhamento policial cujas metralhadoras sabia não lhe dariam trégua.
Careregando 104 anos de prisão, o facinora ainda brincou pelas ruas e favelas da cidade
durante dias, assaltando e baleando - que estas eram sua razão de viver.
Não há pena de morte, muito menos os policiais têm carta de legítima defesa permanente,
para matar sem dar as devidas satisfações. Seja a vítima da mais alta periculosidade. Daí
seu corpo ter sido manhosamente transportado para local êrmo, numa prova de que nem
sempre os detetives sabem despistar. Mas isso é outra história. "Mineirinho" acabou para a
crônica policial. Seu corpo, como outro qualquer, só mereceu do popular que aparece na foto
o gesto de retirar o chapéu de sôbre a cabeça, em sinal de respeito. Em sinal de respeito
aos leitores, também evitamos focalizá-lo varado pelas balas.
Crivado de balas, foi encontrado ontem à margem da Estrada Grajaú- Jacarepaguá ( K.4 ), o
cadáver do facínora "Mineirinho" (José Miranda Rosa). O marginal não fôra ali assassinado.
Pessoas que testemunharam um tiroteio nas fraldas do Morro do Pinto, na Rua General
Pedra, ligaram os fatos e afirmaram que a Polícia metralhou "Mineirinho" na refrega.
A versão diz que o marginal fôra apanhado de surprêsa, mas que, rápido, atirou-se ao solo,
sob um ônibus estacionado, e tentou ainda reagir. Uma nova rajada de metralhadora acabou
com o assaltante. ainda a versão diz que um carro de c6or amarela recolheu "Mineirinho",
levando-o para outro local. José Rosa, conforme noticiamos, fugiu há dias do Manicômio
Judiciário e havia jurado vender caro a liberdade. Efetivamente, baleou dois policiais que o
caçavam, praticando, ainda, varios assaltos. (...)
E "Mineirinho" morreu. Teve o fim de todos os seus iguais. Foi talvez, o bandido mais temível
de quantos a Polícia carioca já enfrentou. Fugiu, de maneira ainda não esclarecida, no dia
23 de abril último, do Manicômio Judiciário, levando o propósito de eliminar diversos policiais,
antes de ser abatido, pois dos seus planos fazia parte também, só se entregar morto. Por
pouco não cumpria totalmente a promessa. Baleou dois policiais, um dos quais - gravemente,
num "entrevero"em Tomazinho, no Estado do Rio. Ambos pertencem à 2a Subseção de
Vigilância, que lhe movia a caçada incessante.
O delegado Agnaldo Amado solicitou o comparecimento de um técnico do Instituto de
Criminalística. Os peritos Diamantino e Ivã estiveram no local, recolhendo em poder da vítima
a importância de 8.120 cruzeiros e uma oração: "Cinco Minutos Diante De Santo Antônio".
"Mineirinho", segundo a perícia, recebeu um tiro à queima-roupa na perna esquerda,
fraturando-a. Apresentava mais duas perfurações nas costas, perfazendo um total de 13
tiros. segundo, ainda, os técnicos do IC, o famoso bandido não foi assassinado no local.
Suas armas desapareceram. "Mineirinho" portava sempre duas pistolas "45mm". Dada a
rigidez do corpo, e delinqüente fôra eliminado entre 4h30m e 5 horas. O corpo, com guia das
autoridades do 23o Distrito Policial, foi removido para o necrotério do Instituto Médico Legal.
(...)" Correio da Manhã, 1 de maio de 1962.
"José Rosa de Miranda, o Mineirinho, foi encontrado morto, ontem na Estrada
Grajaú-Jacarepaguá, no Rio, com 13 tiros de metralhadora em várias partes do corpo - três
deles nas costas e quatro no pescoço - uma medalha de ouro de S. Jorge no peito e Cr$
3.112 nos bolsos, e sem os seus sapatos marca Sete Vidas, atirados a um canto. A Polícia
atribui o assassinato do ex-detento "a um seu rival".
(...) Embora a Polícia afirme que nada tem a ver com a morte de Mineirinho, que fugira há
oito dias do Manicômio Judiciário, apurou-se que foi Paulo Sérgio dos Santos, conhecido por
Gambota e informante do Detetive Daniel, Chefe do Setor de Vigilância, quem indicou na
noite de domingo o local em que êle iria aparecer.
Levantamento feito pelos jornalistas revelou pormenores que a própria Polícia se nega a
confirmar, embora existam pontos que indicam a sua participação no episódio. A hipotese de
que êle teria sido morto onde foi achado é afastada pelo depoimento dos moradores de
Cachoeira Grande, que não ouviram tiros ali.
Segundo os indicios recolhidos pelos jornalistas, Mineirinho foi morto a 1h30m de ontem, na
Rua General Pedra, esquina da Rua Santana, próximo à Garagem Ipiranga. Dali foi colocado
num auto e levado para a Estrada Grajaú-Jacarepaguá. Os ocupantes do carro procuraram
um lugar para deixar o corpo - precipicio entre os muitos das redondezas -, mas a
aproximação de outros veículos fêz com que voltassem e deixassem o corpo no quilometro 4.
(...)
O corpo de Mineirinho foi levado por volta das 14h30m para o Instituto Médico Legal, mas a
autópsia nào pôde ser feita porque havia muita gente querendo vê-lo: uma fila de mais de mil
pessoas se firmara pelas ruas adjacentes. Dessas, pelo menos sete foram prêsas, por
detectives da Delegacia de Vigilância, pois eram fichados e estavam sendo procuradas. O
legista Nélson Capareli utilizou o corpo para dar aulas a alguns estudantes de Medicina.
O reconhecimento oficial do corpo de Mineirinho, até à noite dependia de uma ordem do
Chefe de Polícia: para identificá-lo apareceu seu irmão, o Sr. Romeu Rosa de Miranda,
funcionario da Cia. Siderúrgica Nacional. Segundo o legista Capareli, a necrópsia será feita
às 9h. O entêrro, custeado pelo Sr. Romeu de Miranda será no Cemitério do Caju,
possivelmente às 15h. (...) Jornal do Brasil, 1 de maio de 1962.
"Treze balas de metralhadora encerraram a existência do mais atrevido e perigoso bandido
que marcou época nos Estados da Guanabara e do Rio de Janeiro. José Miranda Rosa, o
tristemente famoso "Mineirinho", foi encontrado morto, na manhã de ontem, pela reportagem
de O Dia e A Notícia, à margem da estrada Grajaú- Jacarepaguá. O cadáver estava à beira
de um grotão, em decúbito dorsal, no lugar chamado "Pedra do Gambá", no morro da
Cachoeira Grande, com a face esquerda encoberta pela mão do mesmo lado. Tinha dois
balaços no pescoço, dois no maxilar, dois no rosto, dois no peito, dois nas costas, um na
cabeça, um na perna esquerda e o último no braço direito. (...)
A notícia do encontro do cadáver de "Mineirinho" espalhou-se com incrível rapidez pelos
quatro cantos da cidade. Estações de rádio e edições de jornais em 2o cliché contribuiram
para isso. Ao meio-dia, mais de duas mil pessoas se concentravam na estrada
Grajaú-Jacarepaguá. Para que se tenha uma idéia da curiosidade popular, basta dizer que
até lotações foram alugadas especialmente para 6esse fim. Com "vista" de "especial",
despejavam populares nas imediações da "Pedra do Gambá". Todos queriam ver o corpo do
bandido. A coisa chegou a tal ponto, que o delegado Amado viu-se na contingência de ter
que solicitar uma guarnição da Polícia Rodoviária para desinterditar o tráfego. não havia
veículo que rompesse a massa humana. (...)
Ao que tudo indica, "Mineirinho" foi morto por uma turma de policiais, na rua General Pedra,
ao findar a noite de domingo, defronte à garage da "Emprêsa Transportadora Santa Cacília
Ltda". De que a Polícia matou um homem ali, crivando-o de balas, não há a menor dúvida,
conforme declarações feitas a O Dia pelo mecânico Antônio Elói, daquele estabelecimento.
Disse o seguinte: por volta das 22:30 horas, fazia reparos num ônibus, quando viu uma
viatura policial parar na esquina das ruas Marquês do Pombal e General Pedra. Saltaram
vários homens armados, espalhando-se e permanecendo em locais estratégicos.
Pouco depois - continuou o mecânico - um indivíduo moreno, franzino, alto (são os
caracteres físicos de "Mineirinho") apareceu e, percebendo que estava cercado, tentou fugir
em direção à ponte que dá acesso ao morro da Favela, Os policiais, porém, fecharam o
cêrco e o homem lançou-se debaixo de um ônibus que ali estava parado, recebendo então
uma saraivada de tiros. Mesmo ferido, tentou saltar um muro, mas recebeu a descarga de
misericórdia.
Apavorado com o que assistia, Eloi escondeu-se também sob o ônibus que consertava, mas
ainda assim pôde observar quando o sujeito alvejado era arrastado para dentro de um carro
prêto, que arrancou em louca disparada rumo à Zona Norte. A reportagem de O Dia
encontrou, naquele local, várias cápsulas - algumas intactas. Como se vê, se não foi
"Mineirinho" o alvo da fuzilaria, um inocente foi morto em seu lugar. (...)" O Dia, 1 de maio
de 1962.
AS MANCHETES
Tiroteio: Polícia X Mineirinho (Diário Carioca)
"Mineirinho" Morreu Com Oração E Recorte No Bolso (Diário Carioca)
Polícia Perde Todas As Pistas Que Levam A "Mineirinho"
(Diário de Notícias)
"Mineirinho" Foi Metralhado 13 Vêzes E Atirado No Mato - Povo Afluiu Para Ver Bandido
Morto (Diário de Notícias)
A Cidade Está Em Paz (Correio da Manhã)
"Mineirinho"Foi Crivado De Balas E Atirado Na Grajaú-Jacarepaguá (Correio da Manhã)
"Mineirinho" Sem Sete Vidas (Jornal do Brasil)
Delegado Admite Que "Mineirinho" Pode Ter Sido Morto Pela Polícia (Jornal do Brasil)
Tombou O Inimigo Público N. 1 - "Mineirinho" Metralhado Pela Polícia!
Facínora Levou Uma Carga De Chumbo . Ferido, Tentou Saltar Um Muro E Recebeu A
Rajada De Misericórdia. O Cadáver Foi Descoberto Pela Reportagem De O Dia e A Notícia.
Estava Jogado À Margem Da Estrada Grajaú-Jacarepaguá Na Altura Do Km. 4, Com Treze
Perfurações Pelo Corpo -
"Coisa Ruim", Amigo Do Bandido, Jura Vingança - Depoimento Impressionante De Uma
Testemunha De Vista Do Fuzilamento - Fretados Lotações Para Curiosos Verem O Corpo Do
Famoso Marginal (O Dia)