Agência Folha
Em São José dos Campos

Dos 11 jogadores que devem iniciar a partida, quatro já vestiram a camisa da equipe do Canindé: o goleiro Márcio Defendi, o lateral Ayupe, o zagueiro Wladimir e o volante João Batista. O número poderia ser ainda maior se a documentação do atacante Tiba e do meia Marcelo Borges, apresentados pelo time do Vale do Paraíba como reforços na última semana, estivesse regularizada.

Os dois jogadores foram emprestados pela Lusa ao São José, que não conseguiu fazer um seguro para ambos a tempo de estrearem contra seu ex-time.

A "filial" se estende ao banco de reservas, em que estará o técnico José Galli Neto, que dirigiu a Lusa em 92, e abrange a diretoria do clube, cujo presidente, Cláudio Santiago, acumula o cargo de conselheiro do COF (Conselho de Orientação Fiscal) na Lusa.

O presidente do São José evita o assunto, mas admitiu que também ficará satisfeito com uma vitória da Lusa. "Não vou negar minhas origens", afirmou.

As "coincidências" também marcaram a preparação das duas equipes. O São José realizou a pré-temporada em Águas da Prata, a 110 quilômetros de Águas de Lindóia, onde estava o time da capital.

Galli aproveitou a oportunidade para "espionar" o trabalho de Zagallo no jogo-treino contra uma seleção local e revelou que sua principal preocupação será com o chamado número 1. "O Alexandre deve exercer a função e devemos deixar dois jogadores para vigiá-lo’", disse.

Ele também disse que pretende usar os "pontos comuns" em favor do São José. Uma das estratégias é aproveitar as informações obtidas com Tiba e Marcelo Borges, que participou da pré-temporada da Lusa. "Agora eles estão do outro lado."