Das agências internacionais
No Rio de Janeiro

O ex-craque Zico foi designado nesta terça "embaixador de futebol" do Brasil, e desempenhará até 2006 a mesma função do ex-jogador francês Michel Platini na Copa do Mundo de 1998, disse o presidente da CBF, Ricardo Teixeira.

"Zico será o nosso Platini no trabalho de conquistar a sede do Mundial e para contribuir para organizar o espectáculo."

Teixeira anunciou hoje a incorporação de Zico e do seu ex-sogro João Havelange, ex-presidente da Fifa, ao trabalho diplomático que a CBF vai deflagrar para conquistar a sede do segundo Mundial do próximo século, que também é postulado por Alemanha, Inglaterra, África do Sul e Marrocos.

A adesão de Havelange indica, em tese, a reconciliação seu ex-genro. Com a participação de Zico, a CBF forma um trio de peso para enfrentar Pelé, que já se mnifestou contrário à candidatura do Brasil, alegando estrutura inadequada para organizar o megaevento.

Zico recusou gentilmente ser chamado de "novo Platini do Brasil", mas afirmou que está disposto a conversar com o astro francês dos anos 80 para conhecer suas experiências na organização do último Mundial deste século.

"Não quero ser o ´novo Platini` porque tenho meus critérios e um estilo próprio. Mas se tiver de conversar com Platini, que é um grande amigo meu, falaremos extensamente e sei que ele pode nos ajudar a encontrar o caminho para que a Fifa conceda ao Brasil a sede da Copa do Mundo", afirmou o "galinho".

Destaque da seleção nos Mundiais de 1978, 1982 e 1986, Zico manifestou seu otimismo com a candidatura brasileira e afirmou, ao lado de Havelange, que o "Brasil tem meio caminho andado".