Não é fácil, para muitos pais, deixar o filho crescer, permitir que ele tome seu rumo e viva a própria vida.

Sabe o que é? Eles, principalmente a mãe, estão tão acostumados a enxergar o filho como uma criança que não sabe se defender dos perigos da vida, que não consegue viver sozinho, sem a proteção e os cuidados deles, sem a presença constante deles. É, mas a criança um dia cresce, como você cresceu, e agora é com você.

Claro que algumas regras de convivência familiar precisam ser respeitadas pois seus pais amam você e, afinal, não custa nada tranqüilizá-los. Custa você dizer aonde vai, a que horas volta? Não custa nada e isso significa respeito: você mora na casa deles e, mesmo já tendo 18 anos, precisa cumprir as regras familiares.

Mas com quem você vai, e o que vai fazer, aí, sim, é sua privacidade. Você vai ter que ser firme com sua mãe, mas carinhoso, para que ela se acostume que você já sabe cuidar da sua vida, que você já não é mais criança.

Cabe a você mostrar que existe como adulto, mesmo que isso ocorra devagar e provoque algumas frustrações, tanto em seus pais quanto em você.

Daqui para frente você pode, e deve, ter uma opinião sobre você, sobre sua vida. A opinião de adultos mais experientes, inclusive a de seus pais, pode ser muito valiosa. Mas você deve considerá-las de modo crítico pois nós, os adultos, não somos perfeitos, nem donos da verdade.

Reivindique sua liberdade, sua privacidade. Mas vá devagar: seus pais não podem simplesmente deixar você sozinho de uma hora para outra.

Coragem e vá em frente!

01/02/01