18.out.1956
Martina Subertova nasce em Praga, na Tchecoslováquia (hoje República
Tcheca), filha de Miroslav Subert e de Jana Subertova, ginasta,
tenista e instrutora de esqui |
1959
Seus pais se divorciam e ela passa a viver com a mãe, que casa
com o instrutor de tênis Mirek Navratil. Ela e a mãe adotam
o sobrenome do padrasto, com o sufixo “ova”, indicativo de nome
feminino |
1960
Aos 4 anos, ganha uma raquete da avó, ex-tenista, e começa a
bater bola em um paredão |
1965
Participa de um torneio contra meninas até quatro anos mais
velhas. Chega às semifinais. Começa a treinar com George Parma,
veterano de Copas Davis e técnico da federação de tênis do país |
1971
Sem Parma, deportado para a União Soviética, é campeã tcheca
na categoria abaixo de 14 anos |
1972
Aos 15 anos, conquista o título nacional feminino de tênis e
lidera o ranking do país |
1973
Viaja para os EUA, como prêmio por suas conquistas. Em Akron,
Ohio, enfrenta pela primeira vez a norte-americana Chris Evert,
que seria sua maior rival nas quadras. Perde o jogo |
1974
Em Orlando (EUA), conquista seu primeiro título profissional |
1975
Em maio, defende a Tchecoslováquia e conquista a Federation
Cup, versão feminina da Copa Davis. Em agosto, pede asilo nos
EUA, após cair no Aberto |
1978
Conquista seu primeiro título de Grand Slam ao bater Evert na
final de Wimbledon, o que lhe dá a liderança do ranking mundial |
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Martina
Navratilova |
Martina
Navratilova levanta
braços na comemoração pelo
quinto título em Wimbledon,
em 1986
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As
Marcas
-
Tricampeã do Aberto da Austrália,
em 81, 83 e 85
- Bicampeã do Aberto da França,
em 82 e 84
- Nove vezes campeã de Wimbledon,
em 78, 79, de 82 a 87 e 90
- Tetracampeã do Aberto dos EUA,
em 83,84,86,87
- Venceu 167 torneios, recorde
no tênis - Ganhou 1.438 partidas,
perdeu 212
- Campeã de duplas em 164 torneios,
sendo 31 do Grand Slam
- Líder do ranking mundial por 332
semanas, 156 consecutivas
- Invicta nos seus 37 jogos pela
Federation Cup
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"Esportes são bons
para mulheres."
Em sua autobiografia,
"Martina", publicada
em 1985, comentando seu início no tênis
Martina
Navratilova revolucionou a alma e o corpo do tênis moderno.
Nenhum atleta, homem ou mulher, conquistou tantos títulos de
simples, 167, sendo 18 do chamado Grand Slam, os torneios de
elite do circuito internacional (Abertos dos EUA e da Austrália,
Roland Garros e Wimbledon).
Nenhum atleta, homem ou mulher, ganhou tantas vezes em Wimbledon,
considerado o templo mundial do tênis, nove. Nenhum atleta,
homem ou mulher, registrou uma temporada tão eficiente, 86 vitórias
nas 87 partidas que jogou em 1983. Nenhum atleta, homem ou mulher,
encarou _e derrubou_ tantos tabus. Canhota, Navratilova renovou
o tênis dentro das quadras, apresentando um estilo agressivo,
até então “masculino”, de atacar a rede. E renovou o tênis fora
das quadras, introduzindo a musculação e a superalimentação
na rotina de treinamentos e adotando shorts e óculos, em vez
de saias e lentes como exigiam os patrocinadores.
Nascida em Praga, foi corajosa ao trocar a nacionalidade tcheca
pela norte-americana. Não pelo auto-exílio, de caráter político,
financeiro e pessoal, mas pela decisão de levar ao país uma
imagem que a conservadora América dos anos 70 repudiava _“comunista,
feia, que usa esteróides”. “Tive de lutar contra todos’’, declarou.
No final da carreira, quando ainda competia pelo topo do ranking
mundial (ficou 331 semanas na posição nº 1) e colecionava até
então a maior premiação da história do tênis (US$ 20,3 milhões),
Navratilova rompeu mais uma “regra de silêncio” do esporte.
Declarou-se homossexual, anunciou seu casamento e lançou um
movimento de militância gay.
‘‘Com seis anos, quando pisei pela primeira vez em uma quadra
vermelha de saibro e senti a felicidade de jogar a bolinha sobre
a rede, eu soube que eu estava no lugar certo’’, lembra. Por
suas convicções, Navratilova foi rejeitada por dirigentes, técnicos,
jornalistas, patrocinadores, atletas e até namoradas. Mas a
quadra nunca deixou de acolhê-la. A história, do esporte e dos
costumes, também não deixará. |
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1979
Novamente vence Evert na final de Wimbledon. Disputa 20 torneios
e é campeã em dez deles |
1981
Ganha cidadania norte-americana. É campeã do Aberto da Austrália
e vice no da França. Termina o ano como líder do ranking |
1982
Começa a fase mais produtiva de sua carreira. Disputa 93 partidas
e vence 90. Inicia a série de seis títulos consecutivos em Wimbledom
e ganha o Aberto da França |
1983
Joga 87 partidas, ganha 86 e conquista Wimbledon e os Abertos
dos EUA e da Austrália. Sua única derrota do ano, para Kathy
Horvath, nas oitavas-de-final do Aberto da França, impede que
ela complete o Grand Slam |
1984
Vence 74 partidas seguidas, conquistando 13 torneios, entre
eles os Abertos dos EUA, da França e Wimbledon. Perde nas semifinais
da Austrália, para a tcheca Helena Sukova, e mais uma vez é
impedida de completar o Grand Slam |
1985
Chega às finais dos quatro torneios do Grand Slam. Vence na
Austrália e em Wimbledon |
1986
Pela primeira vez, retorna a Praga, para defender os EUA na
vitória contra a Tchecoslováquia, pela Federation Cup. Vence
Wimbledon e o Aberto dos EUA. Pelo sexto ano seguido, encerra
a temporada como líder do ranking mundial |
1987
Conquista Wimbledon e o Aberto dos EUA. Na França, perde a final
para uma jovem tenista que seria sua sucessora na liderança
do ranking: a alemã Steffi Graf |
1990
Vence Wimbledon pela última vez na carreira |
1994
Abandona o tênis após perder para a argentina Gabriela Sabatini,
nas oitavas-de-final do Virginia Slims, em Nova York |
Depois
que parou...
Em 95, dirigente da WTA, a associação das tenistas profissionais,
disputa jogos de exibição e vence o torneio de duplas mistas
em Wimbledon Em 96, assume sua posição de líder homossexual
ao promover um cartão de crédito para gays e lésbicas Em 98,
participa dos Jogos Gays, em Amsterdã (HOL) |
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