Reuters
27/11/2002 - 00h02

General colombiano renuncia após acusação de narcotráfico

da Reuters, em Bogotá

O adido militar da Colômbia em Israel, o general da infantaria da Marinha Rodrigo Alfonso Quiñónez, renunciou ontem, uma semana após os Estados Unidos terem lhe negado visto de entrada por suas supostas relações com o narcotráfico. O governo colombiano aceitou o pedido de renúncia.

A ministra da Defesa, Marta Lucía Ramírez, disse Quiñónez solicitou sua aposentadoria do serviço da ativa e que o governo concedeu.

"Solicitou sua aposentadoria por vontade própria, solicitação que foi aceita pelo governo, levando em consideração a necessidade de preservar nossas instituições militares", disse Ramírez em comunicado à imprensa.

O general terá direito a uma aposentadoria e a manter seu cargo como aposentado das Forças Armadas.

Ao cancelar o visto a Quiñónez, os Estados Unidos não deram detalhes sobre as supostas relações do oficial com o narcotráfico.

Embora Quiñónez tenha negado vínculos com o tráfico de drogas, meios de comunicação local informaram que a decisão dos Estados Unidos foi tomada logo depois de a esposa do general ter recebido um cheque de US$36.800 de um narcotraficante cujo pedido de extradição foi requisitado por Washington.

Os Estados Unidos são o maior aliado da Colômbia na guerra às drogas, e nos últimos anos já entregaram a Bogotá cerca de US$1,5 bilhão em treinamento e equipamentos militares. A Colômbia é considerada o principal produtor mundial de cocaína, com produção de 580 toneladas ao ano.

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