Reuters
25/11/2002 - 18h58

Museus de Nova York tentam salvar artefatos de 11 de setembro

da Reuters, em Nova York

Alguns dos mais simples artefatos resgatados das ruínas do World Trade Center, como um chaveiro moldado em destroços, uma persiana retorcida e a vitrine de uma loja com calças e blusas dobradas e cuidadosamente cobertas de poeira têm tudo para virarem peças de museu, mas ainda não se sabe exatamente o que fazer para conservá-los.

Esses e outros itens relacionados a 11 de setembro são um desafio complexo para os museus. Como manter poeira, destroços repletos de químicos tóxicos? Museus sabem como conservar peças que parecem novas, mesmo quando são antiquíssimas.

"Essas coisas são importantes precisamente porque estão muito danificadas", disse Sarah Henry, vice-presidente do Museu da Cidade de Nova York que coletou material do ataque. "Não é algo que os museus estão habituados a fazer."

A preservação é difícil também em termos emocionais para os curadores, que começaram a trabalhar na coleta quase que imediatamente depois da queda das Torres Gêmeas, resgatando pedaços de carros de polícia, portas de caminhões de bombeiro, e todo o tipo de destroço levado ao depósito de Staten Island.

Memoriais para os mortos foram também recuperados, como pôsteres ou colagens caseiras dedicados às vítimas e pregados com durex nos postes da cidade.

"São essas coisas que tornam (o material) interessante", disse Amy Weinstein, curadora da Sociedade Histórica de Nova York.

Para aprender como tratar os itens, os curadores estão realizando consultas junto a especialistas do Memorial dos Veteranos do Vietnã, em Washington, o Memorial Nacional de Oklahoma City ou até de Graceland, casa da lenda do rock 'n' roll Elvis Presley, onde os visitantes deixam muitas homenagens.

Parte do material recolhido apresenta riscos à saúde por substâncias tóxicas, o que exige esforços extraordinários para a proteção da saúde de funcionários e visitantes.

 

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