Reuters
20/11/2002 - 07h37

Popularidade da família real britânica é a pior em 15 anos

da Reuters, em Londres

O apoio público à família real britânica despencou para o pior nível em 15 anos, enquanto ela passa pela sua pior crise desde a morte da princesa Diana, segundo uma pesquisa publicada hoje.

Acusações de abuso sexual homossexual e fraude por parte de assessores do príncipe Charles, além do julgamento do ex-mordomo de Diana, Paul Burrell, e suas revelações dos segredos da realeza britânica, fizeram a popularidade da Casa de Windsor cair para 43%, segundo levantamento do ICM publicado no jornal "The Guardian".

No início do ano, durante o funeral da rainha-mãe e as celebrações do Jubileu de Ouro da rainha Elizabeth 2ª, a família real tinha 59% de popularidade. O novo dado é o menor índice desde o início da medição, em 1987.

Mil adultos ouvidos na semana passada foram questionados se o país seria melhor ou pior sem a família real.

O número de britânicos que acredita que o país seria melhor sem a família real chegou a 31%, cinco pontos percentuais acima da pesquisa anterior, mas perto do índice registrado após a morte de Diana, em 1997, em um acidente de carro em Paris.

Vinte e seis por cento dos entrevistados não souberam responder se o Reino Unido seria melhor ou pior sem a família real -quase o dobro do verificado em maio.

Nas últimas semanas, tanto Charles quanto a rainha foram acusados de encobrir a verdade. O príncipe devido a uma investigação interna sobre acusações de estupro, e a rainha em razão de sua intervenção de última hora no julgamento de Burrell.

Burrell vendeu sua história sobre a vida no palácio a um jornal sensacionalista, provocando uma enxurrada de histórias sobre segredos da família real e as atividades de seus serventes.

Um funcionário da família afirmou que foi abusado sexualmente por um integrante da equipe do príncipe Charles em 1989, que não foi punido.

Depois veio a acusação de que um assessor de Charles vendeu presentes indesejados do príncipe em benefício próprio. Ambas histórias são veementemente negadas pelos envolvidos.

Na tentativa de reduzir os danos a sua imagem, Charles anunciou o início de uma investigação. No entanto, ele conseguiu apenas atear mais fogo nos escândalos ao indicar seu secretário particular para chefiar as investigações, e não um agente independente.

Mas, apesar dos escândalos -e para alívio da família real-, 60% dos entrevistados acham que o caso Burrell terá um impacto de curto prazo na reputação da realeza britânica.

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