Reuters
08/11/2002 - 21h10

Colômbia promete penas duras depois da libertação de traficante

da Reuters, em Bogotá

O governo da Colômbia tentará endurecer as sentenças na justiça contra narcotraficantes e derrotar o "império da criminalidade", depois de não conseguir impedir a recente libertação do ex-chefe do poderoso Cartel de Cali, anunciou hoje o presidente Álvaro Uribe.

"A Colômbia precisa que todos os cidadãos, que todas as instituições do Estado se comprometam a adotar uma política criminal que seja capaz de derrotar os criminosos", disse Uribe durante uma cerimônia militar.

Na noite de quarta-feira (6), Gilberto Rodrígues Orejuela, o ex-chefe da organização que chegou a controlar cerca de 80% do mercado mundial de cocaína e que encheu os Estados Unidos com a droga, foi libertado por ordem de um juiz.

A libertação de Rodríguez, condenado a 15 anos de prisão e deixado em liberdade condicional por cumprir três quintos da pena, foi vista como uma derrota e uma humilhação para Uribe, que até a última hora esforçou-se para mantê-lo atrás das grades.

O governo de Uribe, aliado incondicional dos Estados Unidos na luta contra o narcotráfico, não atendeu a uma primeira decisão judicial que há uma semana ordenou a libertação dos irmãos Orejuela, Gilberto e Miguel.

Essa posição gerou uma polêmica e um choque de poderes no país de mais de 40 milhões de habitantes, considerado por Washington como o primeiro produtor mundial de cocaína, com 580 toneladas anuais.

O Poder Judiciário acusou o Executivo de interferir em seus assuntos, violando sua autonomia e independência.

Leia mais no especial Colômbia

Leia mais notícias de Mundo
 

FolhaShop

Digite produto
ou marca