Reuters
05/11/2002 - 19h55

Eleitores americanos decidem equilíbrio do poder no Congresso

da Reuters, em Washington

Os eleitores norte-americanos foram às urnas hoje para decidir quem vai controlar o Congresso. Nestas eleições, os republicanos, incluindo o presidente George W. Bush, fazem pressão para retomar o Senado e expandir sua maioria na Câmara dos Deputados.

O comparecimento dos eleitores - o componente-chave destas eleições - parecia alto na abertura das votações, na Costa Leste.

A taxa de comparecimento é tipicamente baixa nos Estados Unidos em eleições de meio de mandato como esta. Em Nova York, os locais de votação já estavam cheios às 7h (hora local). Em Chevy Chase, Maryland, a espera estimada para a votação era de 30 minutos ou mais.

Todas as 435 cadeiras da Câmara de Representantes, 34 das 100 vagas ao Senado e 36 governos estaduais estavam em disputa, com os Republicanos controlando a Câmara por uma diferença de seis votos, e os Democratas ainda em vantagem no Senado por apenas uma cadeira.

Menos de dez disputas no Senado e uma dúzia na Câmara devem determinar qual partido terá maior poder no Congresso e estará a cargo da agenda legislativa de Bush e das nomeações da Justiça.

Bush, que espera se tornar o terceiro presidente em um século a ganhar cadeiras em uma eleição de meio de mandato, depois de Franklin Roosevelt em 1934 e Bill Clinton em 1998, passou a noite em seu rancho no Texas, depois de uma campanha de um dia em quatro Estados.

Bush votou em um posto dos bombeiros próximo a seu rancho, dizendo: "Espero que as pessoas votem. Estou encorajando todos a votar". Depois, ele voltou para Washington para esperar os resultados.

Os Democratas também colocaram seus trunfos para fazer campanha no último dia, como o ex-presidente Bill Clinton, o ex-vice-presidente Al Gore, o líder do Senado Tom Daschle e o líder da Câmara Richard Gephardt. As pesquisas de opinião mostram uma pequena evidência de que a situação econômica do país está prejudicando os Republicanos.

O foco da batalha política é o Senado, onde os resultados podem não ficar claros imediatamente. Seis disputas estão tão acirradas que os vencedores não devem ser conhecidos muito rapidamente.

Louisiana
O cenário pode ficar ainda mais fora de controle se nenhum candidato ao Senado conseguir 50% dos votos na Louisiana, levando a um segundo turno em 7 de dezembro entre os dois mais votados do Estado.

Os Republicanos estão numa situação difícil no Colorado e em Arkansas, enquanto os Democratas têm problemas no Missouri, em Dakota do Sul e na Georgia.

Até a última sexta-feira, mais de US$ 900 milhões já tinham sido gastos em anúncios de campanha na TV este ano, excedendo os US$ 771 milhões empregados em anúncios políticos durante a eleição presidencial de 2000.

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