Colômbia e Brasil fecham acordo para combate às drogas
da Reuters, em BogotáColômbia e Brasil fecharam hoje um acordo para implementar mecanismos de troca de informações para o combate ao narcotráfico, declarou o governo colombiano.
Uma comissão de delegados dos dois países decidiu adotar ações de cooperação em questões de interdição aérea e homogeneização das listas de substâncias químicas controladas, como entorpecentes e percursores para o processamento de cocaína e heroína.
A Colômbia, castigada por uma guerra interna na qual guerrilheiros de esquerda, milícias paramilitares de direita e forças estatais se enfrentam há 38 anos, é o maior produtor mundial de cocaína, com cerca de 580 toneladas métricas da droga produzidas anualmente.
O narcotráfico é o combustível que alimenta o conflito que já se estende além das fronteiras da Colômbia com seus vizinhos, afetando inclusive o Brasil.
A zona de selva compartilhada pelos dois países abrigam corredores utilizados por traficantes para escoar drogas até o exterior, principalmente para os Estados Unidos e Europa. Colômbia e Brasil compartem 1.645 quilômetros de fronteira.
Dentro dos acordos firmados pela comissão bilateral dedicada a analisar questões sobre o narcotráfico, estão incluídas as trocas de informações de inteligência e financeira para combater a lavagem de dinheiro. Desde 1997 a comissão não se reunia.
Os delegados também concordaram em trocar informações sobre novos métodos de produção de drogas ilícitas e o tráfico de armas na região.
As autoridades de ambos países pretendem ainda fortalecer os mecanismos de controle para evitar o desvio de produtos farmacêuticos que tenham substâncias psicotrópicas.
Os Estados Unidos apóiam com mais de US$1 bilhão, principalmente com equipamentos e treinamento militar, o desenvolvimento do Plano Colômbia -estratégia do governo colombiano para pôr fim ao narcotráfico e ao conflito no país.
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