Reuters
10/10/2002 - 23h46

Câmara dos EUA aprova lei de reforma eleitoral

da Reuters, em Washington

Na tentativa de evitar a repetição do controvertido resultado da disputa presidencial de 2000, a Câmara de Deputados dos Estados Unidos aprovou hoje uma lei de reforma eleitoral.

A Câmara enviou agora a medida ao Senado para uma aprovação final do Congresso. Depois, a lei vai ser submetida à sanção do presidente George W. Bush. De acordo com declarações do porta-voz da Casa Branca, Ari Fleischer, feitas ontem, Bush "pretende assinar a lei de reforma eleitoral tão logo seja aprovada e enviada para ele".

Considerada a primeira grande medida de direitos civis no século 21, a legislação pretende evitar a repetição da disputa eleitoral para presidente do ano passado na Flórida. A votação foi marcada por cédulas confusas, problemas em urnas eletrônicas e registros imprecisos.

Em 2000, a Suprema Corte dos Estados Unidos, mesmo dividida, decidiu a eleição a favor de Bush ao recusar o pedido de recontagem de cédulas na Flórida feito pelo democrata Al Gore.

A legislação não terá impacto na eleição do próximo mês para o Congresso, mas começará a impor mudanças antes da eleição de 2004 para a Casa Branca.

A nova medida, de US$3,9 bilhões, proverá fundos para os Estados substituírem urnas antigas, treinar funcionários e tornar o voto mais acessível para os deficientes.

Os Estados também terão que criar sistemas de votação computadorizados e aplicar novos padrões federais nas eleições, como permitir que os eleitores verifiquem cédulas e corrijam erros antes da contabilização dos votos.

Além disso, os eleitores contestados poderão depositar votos provisórios, que serão contados em caso de aprovação.

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