Reuters
08/10/2002 - 10h31

Violência deixa três mortos em eleição na Caxemira

da Reuters, em Batote (Índia)

Supostos separatistas muçulmanos disfarçados como policiais invadiram um local de votação na Caxemira indiana hoje, matando dois soldados no último dia de um violento pleito no qual se escolheu uma nova Assembléia para o Estado.

Os agressores atiraram granadas e dispararam na entrada do local de votação, instalado na Prefeitura de Doda, no sul do Estado de Jammu e Caxemira.

Forças de segurança mataram um ativista e procuravam outros que atravessaram o prédio disparando enquanto fugiam.

Apesar do ataque, os eleitores continuaram a comparecer aos locais de votação na região de Jammu, a área de maioria hindu do Estado, o único majoritariamente muçulmano da Índia.

Doda, cujas montanhas e áreas de pinheiros oferecem uma cobertura ideal para os rebeldes que lutam contra o domínio da Índia desde 1989, foi o último distrito a votar na eleição, iniciada em 16 de setembro.



Cerca de 90 mil membros das forças de segurança foram estacionados em Doda para a votação, que o governo indiano considera fundamental para legitimar seu controle sobre a Caxemira.

Os locais de votação foram cercados com sacos de areia e os mesários usavam coletes à prova de balas e capacetes. A polícia revistou eleitores, e franco atiradores vigiavam pontos da cidade a partir dos telhados.

No último dia da votação na Caxemira, onde, segundo a Índia, o Paquistão (país muçulmano) patrocina os rebeldes, os militares paquistaneses testaram um míssil balístico de médio alcance. A Índia não fez ainda nenhum comentário sobre o teste.

Os países vizinhos, que possuem armas nucleares e quase entraram em guerra em junho, mantêm atualmente cerca de 1 milhão de soldados estacionados em sua fronteira comum.

Mais de 600 pessoas foram mortas na Caxemira indiana desde que as autoridades anunciaram, no começo de agosto, a realização das eleições.

Leia mais no especial Conflito Índia-Paquistão
 

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