Kennedy Alencar
18/10/2002
Reconhecer esse direito não significa concordar com as palavras de Regina Duarte. Em contraponto à suposta incapacidade de Lula conseguir enfrentar um cenário econômico difícil no futuro, pode ser lembrado que esse cenário é herança perversa do governo representando pela candidatura de José Serra (PSDB).
Enfim, pode ser feita a "desconstrução" de todos os argumentos apresentados pela atriz e por seus críticos. Isso é do jogo democrático e deve ser respeitado.
Por isso, erraram a CUT e os artistas que agrediram Regina Duarte com ameaças iradas. Aliás, essa reação é coisa para Serra comemorar, pois vitimiza Regina e sua campanha, e coisa para Lula se preocupar. Se chegar ao poder, o petista deverá saber conviver com críticas, justas e injustas. Enfim, precisará de couro duro, como diz FHC, para suportar as pressões e dificuldades do exercício presidencial. Esse patrulhamento às vezes infantil, às vezes fascista das palavras da atriz não ajuda Lula na eleição nem o ajudará no eventual governo.
Regina Duarte estava na dela. Como também estava Paloma Duarte, que gravou participação no programa de Lula para rebater as palavras da colega e dizer que o candidato (Serra) que tenta amedrontar as pessoas não merece ser presidente.
Para Paloma, vale o mesmo raciocínio. Ela também tem todo o direito de discordar de Regina. Se o duelo ficasse apenas por conta das duas atrizes, ele seria mais belo e mais honesto.
Deixem Regina em paz
A atriz Regina Duarte exerceu o direito sagrado numa democracia, o de liberdade de opinião, ao dizer no programa de TV de José Serra que tem "medo" da eleição de Luiz Inácio Lula da Silva _ bastante provável de acordo com as pesquisas divulgadas até o momento.Reconhecer esse direito não significa concordar com as palavras de Regina Duarte. Em contraponto à suposta incapacidade de Lula conseguir enfrentar um cenário econômico difícil no futuro, pode ser lembrado que esse cenário é herança perversa do governo representando pela candidatura de José Serra (PSDB).
Enfim, pode ser feita a "desconstrução" de todos os argumentos apresentados pela atriz e por seus críticos. Isso é do jogo democrático e deve ser respeitado.
Por isso, erraram a CUT e os artistas que agrediram Regina Duarte com ameaças iradas. Aliás, essa reação é coisa para Serra comemorar, pois vitimiza Regina e sua campanha, e coisa para Lula se preocupar. Se chegar ao poder, o petista deverá saber conviver com críticas, justas e injustas. Enfim, precisará de couro duro, como diz FHC, para suportar as pressões e dificuldades do exercício presidencial. Esse patrulhamento às vezes infantil, às vezes fascista das palavras da atriz não ajuda Lula na eleição nem o ajudará no eventual governo.
Regina Duarte estava na dela. Como também estava Paloma Duarte, que gravou participação no programa de Lula para rebater as palavras da colega e dizer que o candidato (Serra) que tenta amedrontar as pessoas não merece ser presidente.
Para Paloma, vale o mesmo raciocínio. Ela também tem todo o direito de discordar de Regina. Se o duelo ficasse apenas por conta das duas atrizes, ele seria mais belo e mais honesto.
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Kennedy Alencar, 39, é colunista da Folha Online e repórter especial da Folha em Brasília. Escreve para Pensata às sextas e para a coluna Brasília Online, sobre os bastidores da política federal, aos domingos. E-mail: kennedy.alencar@grupofolha.com.br |
