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24/11/2002
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08h43
Cerca de 8,1 milhões de equatorianos estão convocados hoje para eleger um novo presidente. Os candidatos são o coronel reformado de esquerda, Lucio Gutiérrez, e o multilionário de direita Alvaro Noboa, ambos acusados de serem populistas, em um segundo turno marcado pela apatia, segundo as últimas pesquisas. As seções eleitorais abriram suas portas às 7h locais (10h de Brasília).
A maior parte das seções eleitorais de Quito abriu no horário determinado, enquanto no interior do país foram registrados atrasos em alguns centros de votação.
O encerramento da votação está programado para as 17h pela hora local (20h em Brasília).
Os primeiros resultados serão conhecidos uma hora depois do fechamento das urnas, informaram fontes do departamento que cuida das eleições.
De acordo com pesquisa da empresa particular Market, o coronel Gutiérrez tem uma preferência nos votos de 58,29% e Noboa 41,71%. O nível de abstenção deverá atingir os 35%, apesar de o voto ser obrigatório no Equador. Os votos nulos devem somar 20%, mais do dobro que os registrados no primeiro turno de 20 de outubro passado (9,13%).
Segundo os analistas, os equatorianos estão comparecendo cada vez menos às urnas devido à decepção geral com a instabilidade institucional -em um país que teve cinco presidentes nos últimos cinco anos- à corrupção e às promessas políticas não cumpridas.
Pesquisas anteriores feitas pela Informe Confidencial e pela Cedatos-Gallup apontavam uma vantagem entre 15 e 28 pontos percentuais para o candidato de esquerda. No primeiro turno, em 20 de outubro, Gutiérrez recebeu 20,64% dos votos válidos contra 17,39% de Noboa.
Gutiérrez, 45, é um ex-líder golpista e coronel reformado do Exército, apoiado por grupos indígenas e de esquerda. O coronel, que usa uniforme militar em suas aparições públicas, conseguiu acalmar banqueiros ao prometer que manterá a disciplina fiscal e a dolarização se chegar à Presidência.
Noboa é o maior plantador de bananas e o homem mais rico do Equador. A nação andina de 12,2 milhões de habitantes votará para eleger o sucessor de Gustavo Noboa.
O presidente que está para sair assumiu o mandato em janeiro de 2003 no lugar de Jamil Mahuad, derrubado por um levante de indígenas e militares encabeçado por Gutiérrez, feito que lhe custou seis meses de prisão.
Gutiérrez e Noboa concorrem à Presidência sem o apoio de um partido tradicional, o que coloca em evidência a decepção dos equatorianos com relação à classe política. O país é o maior exportador de banana do mundo e tem no petróleo sua maior fonte de divisas.
Tragédia
Os dois candidatos visitaram na sexta-feira (22) uma cidade andina afetada por uma enorme explosão e distribuíram alimentos e dinheiro às vítimas.
A explosão no paiol de armas de um quartel, que tirou as eleições dos noticiários, ocorreu na quarta-feira (20) e provocou a morte de oito pessoas, além de ferir outras 140 e deixar cem casas destruídas.
"Venho me solidarizar com vocês e dizer-lhes que tenham fé em Deus que tudo vai melhorar", disse Gutiérrez em Riobamba, a 170 km de Quito, ao repartir mantimentos com os moradores do lugar.
Noboa, que se autodefine como um liberal de centro, mas que tem um discurso populista, também foi a Riobamba. Ao visitar uma casa destruída, deu a uma mulher um cheque de US$ 1.000 para que ela reparasse os danos.
A votação em Riobamba foi adiada devido aos danos causados pela explosão, e será realizada no dia 1º de dezembro.
Leia mais:
Desejo de mudança provoca "onda esquerdista" no Equador Populista é favorito na eleição do Equador
Outros destaques:
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Equador elege hoje novo presidente
da Folha OnlineCerca de 8,1 milhões de equatorianos estão convocados hoje para eleger um novo presidente. Os candidatos são o coronel reformado de esquerda, Lucio Gutiérrez, e o multilionário de direita Alvaro Noboa, ambos acusados de serem populistas, em um segundo turno marcado pela apatia, segundo as últimas pesquisas. As seções eleitorais abriram suas portas às 7h locais (10h de Brasília).
A maior parte das seções eleitorais de Quito abriu no horário determinado, enquanto no interior do país foram registrados atrasos em alguns centros de votação.
O encerramento da votação está programado para as 17h pela hora local (20h em Brasília).
Os primeiros resultados serão conhecidos uma hora depois do fechamento das urnas, informaram fontes do departamento que cuida das eleições.
De acordo com pesquisa da empresa particular Market, o coronel Gutiérrez tem uma preferência nos votos de 58,29% e Noboa 41,71%. O nível de abstenção deverá atingir os 35%, apesar de o voto ser obrigatório no Equador. Os votos nulos devem somar 20%, mais do dobro que os registrados no primeiro turno de 20 de outubro passado (9,13%).
Segundo os analistas, os equatorianos estão comparecendo cada vez menos às urnas devido à decepção geral com a instabilidade institucional -em um país que teve cinco presidentes nos últimos cinco anos- à corrupção e às promessas políticas não cumpridas.
Pesquisas anteriores feitas pela Informe Confidencial e pela Cedatos-Gallup apontavam uma vantagem entre 15 e 28 pontos percentuais para o candidato de esquerda. No primeiro turno, em 20 de outubro, Gutiérrez recebeu 20,64% dos votos válidos contra 17,39% de Noboa.
Gutiérrez, 45, é um ex-líder golpista e coronel reformado do Exército, apoiado por grupos indígenas e de esquerda. O coronel, que usa uniforme militar em suas aparições públicas, conseguiu acalmar banqueiros ao prometer que manterá a disciplina fiscal e a dolarização se chegar à Presidência.
Noboa é o maior plantador de bananas e o homem mais rico do Equador. A nação andina de 12,2 milhões de habitantes votará para eleger o sucessor de Gustavo Noboa.
O presidente que está para sair assumiu o mandato em janeiro de 2003 no lugar de Jamil Mahuad, derrubado por um levante de indígenas e militares encabeçado por Gutiérrez, feito que lhe custou seis meses de prisão.
Gutiérrez e Noboa concorrem à Presidência sem o apoio de um partido tradicional, o que coloca em evidência a decepção dos equatorianos com relação à classe política. O país é o maior exportador de banana do mundo e tem no petróleo sua maior fonte de divisas.
Tragédia
Os dois candidatos visitaram na sexta-feira (22) uma cidade andina afetada por uma enorme explosão e distribuíram alimentos e dinheiro às vítimas.
A explosão no paiol de armas de um quartel, que tirou as eleições dos noticiários, ocorreu na quarta-feira (20) e provocou a morte de oito pessoas, além de ferir outras 140 e deixar cem casas destruídas.
"Venho me solidarizar com vocês e dizer-lhes que tenham fé em Deus que tudo vai melhorar", disse Gutiérrez em Riobamba, a 170 km de Quito, ao repartir mantimentos com os moradores do lugar.
Noboa, que se autodefine como um liberal de centro, mas que tem um discurso populista, também foi a Riobamba. Ao visitar uma casa destruída, deu a uma mulher um cheque de US$ 1.000 para que ela reparasse os danos.
A votação em Riobamba foi adiada devido aos danos causados pela explosão, e será realizada no dia 1º de dezembro.
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