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17/11/2002
-
13h11
O governo Bush começou a vigiar os iraquianos que vivem nos Estados Unidos, com o intuito de identificar possíveis ameaças domésticas terroristas, informou hoje o site do jornal "The New York Times".
De acordo com a reportagem, o programa de inteligência faz a operação em sigilo, por meio de monitoração eletrônica e mediante mandados judiciais concedidos sob alegação de "motivos de segurança nacional". Citando autoridades do governo norte-americano, o jornal também afirma que alguns iraquianos estão sendo selecionados para recrutamento como informantes.
O jornal revela ainda que o programa deverá ser ampliado, caso Washington decida atacar Bagdá.
O Iraque, desafiando o mundo inteiro a encontrar armas proibidas em seu território, prepara-se para receber o chefe dos inspetores em desarmamento da ONU, Hans Blix, que deve chegar amanhã a Bagdá para dar início a um processo de inspeções no qual Washington não parece acreditar.
Blix, diretor da Comissão de Controle, Vigilância e Inspeção da ONU (Cocovinu), viaja em companhia do diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Mohamad El Baradei, e de 24 especialistas vindos de pelos menos 15 países que instalarão laboratórios e escritórios de comunicação seguros.
Depois de uma escala ontem em Paris, onde mais uma vez advertiu o Iraque a não oferecer nenhuma resistência ao trabalho dos inspetores, Blix passou hoje por Viena e viajou para Larnaca (Chipre).
Em Viena, Blix afirmou que a guerra no Iraque não é inevitável, acrescentando que para o governo iraquiano as inspeções da ONU representam "uma oportunidade".
O presidente iraquiano, Saddam Hussein, expressou em uma carta ao Parlamento do seu país, publicada neste sábado, que aceitou a resolução 1441 do Conselho de Segurança da ONU "para mostrar a verdade: que o Iraque se desfez suas armas de destruição em massa".
Saddam Hussein justificou seu sim à resolução, apesar de uma recomendação do Parlamento iraquiano, com a vontade de não dar desculpas para os Estados Unidos e o Reino Unido atacarem seu país.
"O inimigo tentou dar impulso a seus planos com cobertura do Conselho de Segurança. Esperamos que a estratégia que escolhemos faça com que a verdade apareça, isto quer dizer, que o Iraque não tem armas de destruição em massa", disse Hussein.
O vice-primeiro-ministro iraquiano, Tarik Aziz, afirmou que seu país vai cooperar com os inspetores para revelar as "mentiras" norte-americanas sobre os armamentos do Iraque.
Com agências internacionais
Leia mais no especial Iraque
Iraquianos estão sendo vigiados nos EUA, diz "New York Times"
da Folha OnlineO governo Bush começou a vigiar os iraquianos que vivem nos Estados Unidos, com o intuito de identificar possíveis ameaças domésticas terroristas, informou hoje o site do jornal "The New York Times".
De acordo com a reportagem, o programa de inteligência faz a operação em sigilo, por meio de monitoração eletrônica e mediante mandados judiciais concedidos sob alegação de "motivos de segurança nacional". Citando autoridades do governo norte-americano, o jornal também afirma que alguns iraquianos estão sendo selecionados para recrutamento como informantes.
O jornal revela ainda que o programa deverá ser ampliado, caso Washington decida atacar Bagdá.
O Iraque, desafiando o mundo inteiro a encontrar armas proibidas em seu território, prepara-se para receber o chefe dos inspetores em desarmamento da ONU, Hans Blix, que deve chegar amanhã a Bagdá para dar início a um processo de inspeções no qual Washington não parece acreditar.
Blix, diretor da Comissão de Controle, Vigilância e Inspeção da ONU (Cocovinu), viaja em companhia do diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Mohamad El Baradei, e de 24 especialistas vindos de pelos menos 15 países que instalarão laboratórios e escritórios de comunicação seguros.
Depois de uma escala ontem em Paris, onde mais uma vez advertiu o Iraque a não oferecer nenhuma resistência ao trabalho dos inspetores, Blix passou hoje por Viena e viajou para Larnaca (Chipre).
Em Viena, Blix afirmou que a guerra no Iraque não é inevitável, acrescentando que para o governo iraquiano as inspeções da ONU representam "uma oportunidade".
O presidente iraquiano, Saddam Hussein, expressou em uma carta ao Parlamento do seu país, publicada neste sábado, que aceitou a resolução 1441 do Conselho de Segurança da ONU "para mostrar a verdade: que o Iraque se desfez suas armas de destruição em massa".
Saddam Hussein justificou seu sim à resolução, apesar de uma recomendação do Parlamento iraquiano, com a vontade de não dar desculpas para os Estados Unidos e o Reino Unido atacarem seu país.
"O inimigo tentou dar impulso a seus planos com cobertura do Conselho de Segurança. Esperamos que a estratégia que escolhemos faça com que a verdade apareça, isto quer dizer, que o Iraque não tem armas de destruição em massa", disse Hussein.
O vice-primeiro-ministro iraquiano, Tarik Aziz, afirmou que seu país vai cooperar com os inspetores para revelar as "mentiras" norte-americanas sobre os armamentos do Iraque.
Com agências internacionais
Leia mais no especial Iraque
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