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11/11/2002
-
19h05
O Comitê Parlamentar iraquiano para assuntos exteriores e árabes recomendou hoje que Bagdá rejeite a resolução 1441 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que impõe severos itens de inspeção de armas ao país. No entanto, os Estados Unidos ainda aguardam uma posição final do presidente iraquiano Saddam Hussein, que tem até sexta-feira (15) para responder se aceita os termos impostos pela ONU.
Em consequência a esse clima de indecisão, o barril do petróleo subiu para US$ 25,94, com alta de 0,62% ou US$ 0,16. Em Londres, fechou cotado a US$ 23,80, com alta de 0,22 dólar (0,93%). Pela manhã, chegou a ser vendido a US$ 24,30 dólares.
Por outro lado, a assessora para a Segurança Nacional do presidente George W. Bush, Condoleezza Rice, anunciou que os EUA esperam a posição do presidente iraquiano Saddam Hussein sobre a resolução, considerando insignificante sua rejeição por um comitê parlamentar iraquiano.
"Aguardamos a posição oficial do governo iraquiano. Mas é preciso ficar bem claro. Eles não têm o direito de aceitar ou de rejeitar esta resolução" sobre o desarmamento iraquiano, declarou ela em entrevista à imprensa.
"Todo o mundo sabe que [o Iraque] é uma ditadura absoluta e que é Saddam Hussein quem decide. Espero simplesmente que ele compreenda que já é tempo de o Iraque respeitar suas obrigações", concluiu.
O comitê iraquiano afirmou que dará seu "apoio" a qualquer decisão que o presidente Saddam Hussein tomar com relação à resolução 1441 sobre o desarmamento do país, disse a comissão parlamentar de Relações Exteriores e árabes.
"O Parlamento ofereceu seu completo apoio a todas [as decisões] tomadas pelo presidente iraquiano, agora ou no futuro", afirmou o presidente da comissão Salim al-Koubaissi, líder da comissão parlamentar.
A Comissão parlamentar de Relações Exteriores e árabes do Parlamento "recomenda que o líder (iraquiano) rejeite a injusta resolução 1441 do Conselho de Segurança das Nações Unidas", disse Koubaissi na sessão extraordinária da Assembléia Nacional Iraquiana.
A resolução foi aprovada na sexta-feira (8) por unanimidade (15x0) pelo Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas). A resolução determina que o Iraque libere a entrada de inspetores de armas no país, com acesso ilimitado a todo e qualquer local suspeito de produzir armas químicas, biológicas ou nucleares -inclusive os palácios do governo iraquiano. Caso contrário, o Iraque enfrentará sérias consequências, diz a resolução.
"Más intenções"
Convocado por iniciativa de Saddam, o Parlamento, que tem 250 membros, se reúne em sessão extraordinária, depois do iftar [refeição que rompe o jejum do Ramadã, o mês sagrado muçulmano].
Ao iniciar a a sessão, o porta-voz da comissão parlamentar, Saadoun Hamadi disse que a resolução estava cheia de más intenções, "falsidade", "mentiras" e "desonestidade".
O porta-voz disse ao Parlamento que a resolução "não tem o mínimo de justiça, objetividade e equilíbrio e viola o direito internacional".
"As más intenções dessa resolução são flagrantes e estrondosas ao ignorar o trabalho que foi alcançado nos últimos anos", disse Hamadi.
O Parlamento deve tomar uma decisão e submeter suas conclusões ao Conselho de Comando da Revolução (CCR), a mais alta instância governamental do Iraque. Uma resposta sobre a resolução deve ser dada à ONU antes do dia 15 de novembro.
Ontem, os 22 países que integram o Conselho da Liga Árabe aprovaram por unanimidade um documento que aprova a resolução do Conselho de Segurança da ONU, que determina prazo determinado para que o Iraque permita a inspeção de seus depósitos de armas.
O Conselho da Liga Árabe, que se reuniu no Cairo no final de semana, rejeitou totalmente um ataque contra o Iraque pois considera que seria uma ameaça para a segurança nacional de todos os países árabes.
Leia mais no especial Iraque
Parlamento do Iraque despreza resolução da ONU; petróleo sobe
da Folha OnlineO Comitê Parlamentar iraquiano para assuntos exteriores e árabes recomendou hoje que Bagdá rejeite a resolução 1441 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que impõe severos itens de inspeção de armas ao país. No entanto, os Estados Unidos ainda aguardam uma posição final do presidente iraquiano Saddam Hussein, que tem até sexta-feira (15) para responder se aceita os termos impostos pela ONU.
Em consequência a esse clima de indecisão, o barril do petróleo subiu para US$ 25,94, com alta de 0,62% ou US$ 0,16. Em Londres, fechou cotado a US$ 23,80, com alta de 0,22 dólar (0,93%). Pela manhã, chegou a ser vendido a US$ 24,30 dólares.
Por outro lado, a assessora para a Segurança Nacional do presidente George W. Bush, Condoleezza Rice, anunciou que os EUA esperam a posição do presidente iraquiano Saddam Hussein sobre a resolução, considerando insignificante sua rejeição por um comitê parlamentar iraquiano.
"Aguardamos a posição oficial do governo iraquiano. Mas é preciso ficar bem claro. Eles não têm o direito de aceitar ou de rejeitar esta resolução" sobre o desarmamento iraquiano, declarou ela em entrevista à imprensa.
"Todo o mundo sabe que [o Iraque] é uma ditadura absoluta e que é Saddam Hussein quem decide. Espero simplesmente que ele compreenda que já é tempo de o Iraque respeitar suas obrigações", concluiu.
O comitê iraquiano afirmou que dará seu "apoio" a qualquer decisão que o presidente Saddam Hussein tomar com relação à resolução 1441 sobre o desarmamento do país, disse a comissão parlamentar de Relações Exteriores e árabes.
"O Parlamento ofereceu seu completo apoio a todas [as decisões] tomadas pelo presidente iraquiano, agora ou no futuro", afirmou o presidente da comissão Salim al-Koubaissi, líder da comissão parlamentar.
A Comissão parlamentar de Relações Exteriores e árabes do Parlamento "recomenda que o líder (iraquiano) rejeite a injusta resolução 1441 do Conselho de Segurança das Nações Unidas", disse Koubaissi na sessão extraordinária da Assembléia Nacional Iraquiana.
A resolução foi aprovada na sexta-feira (8) por unanimidade (15x0) pelo Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas). A resolução determina que o Iraque libere a entrada de inspetores de armas no país, com acesso ilimitado a todo e qualquer local suspeito de produzir armas químicas, biológicas ou nucleares -inclusive os palácios do governo iraquiano. Caso contrário, o Iraque enfrentará sérias consequências, diz a resolução.
"Más intenções"
Convocado por iniciativa de Saddam, o Parlamento, que tem 250 membros, se reúne em sessão extraordinária, depois do iftar [refeição que rompe o jejum do Ramadã, o mês sagrado muçulmano].
Ao iniciar a a sessão, o porta-voz da comissão parlamentar, Saadoun Hamadi disse que a resolução estava cheia de más intenções, "falsidade", "mentiras" e "desonestidade".
O porta-voz disse ao Parlamento que a resolução "não tem o mínimo de justiça, objetividade e equilíbrio e viola o direito internacional".
"As más intenções dessa resolução são flagrantes e estrondosas ao ignorar o trabalho que foi alcançado nos últimos anos", disse Hamadi.
O Parlamento deve tomar uma decisão e submeter suas conclusões ao Conselho de Comando da Revolução (CCR), a mais alta instância governamental do Iraque. Uma resposta sobre a resolução deve ser dada à ONU antes do dia 15 de novembro.
Ontem, os 22 países que integram o Conselho da Liga Árabe aprovaram por unanimidade um documento que aprova a resolução do Conselho de Segurança da ONU, que determina prazo determinado para que o Iraque permita a inspeção de seus depósitos de armas.
O Conselho da Liga Árabe, que se reuniu no Cairo no final de semana, rejeitou totalmente um ataque contra o Iraque pois considera que seria uma ameaça para a segurança nacional de todos os países árabes.
Leia mais no especial Iraque
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