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10/11/2002
-
10h25
Os EUA aumentarão sua presença na Colômbia a partir de janeiro, quando cerca de cem soldados das forças especiais americanas desembarcarão no país para treinar os soldados locais para proteger o principal oleoduto do país, Caño Limón-Coveñas, alvo constante de ataques guerrilheiros.
O treinamento faz parte de um pacote aprovado em julho pelo Congresso americano, que prevê US$ 6 milhões para a proteção do oleoduto, administrado pela multinacional americana Occidental Petroleum (Oxy). Outros US$ 88 milhões de ajuda estão à espera de aprovação.
A Colômbia é o terceiro maior produtor de petróleo da América Latina, atrás de México e Venezuela.
Desde sua inauguração, na década de 80, o oleoduto sofreu 933 atentados -cerca de 200 deles só nos últimos dois anos. Segundo a estatal petrolífera Ecopetrol, só no ano passado os ataques significaram um prejuízo de US$ 500 milhões ao país, por causa do petróleo que deixou de ser vendido.
Muitas das áreas pelas quais passa o oleoduto, de 1.170 km (pouco mais que a distância entre São Paulo e Porto Alegre), são controladas por grupos guerrilheiros ou paramilitares.
O governo do ex-presidente Andrés Pastrana já havia reforçado a segurança do Caño Limón-Coveñas no início do ano. Desde então, já foram presas 56 pessoas que tentavam colocar bombas no local -nos 15 anos anteriores, somente duas pessoas haviam sido presas.
Para o analista político Alfredo Rangel, ex-consultor do Ministério da Defesa, a chegada dos soldados americanos não significa uma mudança na posição dos EUA em relação à Colômbia.
"O governo americano já vinha demonstrando um interesse crescente em apoiar a luta contra a guerrilha, com cuidado especial para a infra-estrutura do país, alvo frequente dos rebeldes", diz.
Além dos ataques a bomba contra o oleoduto, vêm crescendo nos últimos tempos os casos de roubo de petróleo e combustíveis por parte dos grupos armados. O crime já é, ao lado dos sequestros e do narcotráfico, uma das principais fontes de financiamento das ações de guerrilhas e paramilitares.
No final de setembro, o governo colombiano emitiu um decreto -com base no estado de exceção- que aumenta as penas para os autores de roubo e contrabando de petróleo e derivados, numa tentativa de coibir sua ocorrência.
Leia mais no especial Colômbia
EUA ajudarão a proteger oleoduto no norte da Colômbia
da Folha de S.PauloOs EUA aumentarão sua presença na Colômbia a partir de janeiro, quando cerca de cem soldados das forças especiais americanas desembarcarão no país para treinar os soldados locais para proteger o principal oleoduto do país, Caño Limón-Coveñas, alvo constante de ataques guerrilheiros.
O treinamento faz parte de um pacote aprovado em julho pelo Congresso americano, que prevê US$ 6 milhões para a proteção do oleoduto, administrado pela multinacional americana Occidental Petroleum (Oxy). Outros US$ 88 milhões de ajuda estão à espera de aprovação.
A Colômbia é o terceiro maior produtor de petróleo da América Latina, atrás de México e Venezuela.
Desde sua inauguração, na década de 80, o oleoduto sofreu 933 atentados -cerca de 200 deles só nos últimos dois anos. Segundo a estatal petrolífera Ecopetrol, só no ano passado os ataques significaram um prejuízo de US$ 500 milhões ao país, por causa do petróleo que deixou de ser vendido.
Muitas das áreas pelas quais passa o oleoduto, de 1.170 km (pouco mais que a distância entre São Paulo e Porto Alegre), são controladas por grupos guerrilheiros ou paramilitares.
O governo do ex-presidente Andrés Pastrana já havia reforçado a segurança do Caño Limón-Coveñas no início do ano. Desde então, já foram presas 56 pessoas que tentavam colocar bombas no local -nos 15 anos anteriores, somente duas pessoas haviam sido presas.
Para o analista político Alfredo Rangel, ex-consultor do Ministério da Defesa, a chegada dos soldados americanos não significa uma mudança na posição dos EUA em relação à Colômbia.
"O governo americano já vinha demonstrando um interesse crescente em apoiar a luta contra a guerrilha, com cuidado especial para a infra-estrutura do país, alvo frequente dos rebeldes", diz.
Além dos ataques a bomba contra o oleoduto, vêm crescendo nos últimos tempos os casos de roubo de petróleo e combustíveis por parte dos grupos armados. O crime já é, ao lado dos sequestros e do narcotráfico, uma das principais fontes de financiamento das ações de guerrilhas e paramilitares.
No final de setembro, o governo colombiano emitiu um decreto -com base no estado de exceção- que aumenta as penas para os autores de roubo e contrabando de petróleo e derivados, numa tentativa de coibir sua ocorrência.
Leia mais no especial Colômbia
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