Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
06/11/2002 - 16h14

Republicanos já comemoram vitória nas eleições dos EUA

da Folha Online

Em uma eleição histórica para os republicanos e o presidente George W. Bush, o partido recuperou o controle do Senado, manteve a maioria na Câmara dos Deputados e ganhou o governo em dois Estados onde a disputa era mais acirrada, informam os sites dos principais jornais norte-americanos.

A apuração dos votos ainda está em andamento, mas o Partido Republicano já comemora vitória e abre 22 cadeiras de vantagem na casa baixa do Congresso: 226 a 204, segundo a rede de TV CNN.

Na corrida pelo Senado, o resultado decisivo para o fim do controle democrata veio do Missouri, com a vitória do republicano Jim Talent no Missouri. Sua adversária, Jean Carnahan, reconheceu a derrota.

Republicanos e democratas haviam entrado as eleições com 49 cadeiras no Senado, cada. Pelas projeções, o partido de Bush terá 51 cadeiras e seus rivais, 46.

Talent pediu que os candidatos eleitos deixem de lado as diferenças e unam forças. "O Senado ainda estará bem dividido", observou. "Vamos ter que trabalhar juntos".

Mas, não importa o tamanho da vantagem, o fato é que os republicanos darão a Bush, no restante de seu mandato, uma situação mais cômoda no Congresso.

Os eleitores decretaram nas urnas o fim de uma escrita. Desde 1934, o partido no poder na Casa Branca costumava perder cadeiras nas eleições intermediárias.

"Conseguimos", declarou o líder da Câmara dos Deputados, o republicano Dennis Hastert.

Para o analista político da CNN Bill Schneider, o intenso esforço de campanha do presidente Bush, que passou os últimos dias em peregrinação por vários estados norte-americanos, rendeu dividendos para os candidatos republicanos. "O presidente Bush foi um grande fator", observou.

Vitória expressiva
Em uma das mais expressivas vitórias, a republicana Elizabeth Dole, esposa do ex-candidato à Presidência Bob Dole, conseguiu eleger-se para o Senado pela Carolina do Norte.

Entre as disputas ainda não decididas, o ex-vice-presidente Walter Mondale, democrata, trava um duelo voto a voto com Norm Coleman em Minnesota.

A Casa Branca afirmou hoje que Bush e o Partido Republicano "entraram para a história" com seus bons resultados nas eleições legislativas de ontem.

"Ficou claro que o presidente desempenhou um papel muito construtivo nos bons resultados registrados pelo Partido Republicano, e o fato do partido não ter perdido vagas nas eleições de meio mandato é histórico", declarou o porta-voz da Presidência Ari Fleischer.

Bush é o terceiro presidente norte-americano a ganhar as eleições de meio mandato na Câmara dos Deputados no último século, depois das vitórias dos democratas Franklin Roosevelt (1934) e Bill Clinton (1998).

O controle do Senado era um objetivo-chave para Bush, que viajou a 40 Estados -15 deles na semana passada- e arrecadou uma quantia recorde de US$ 100 milhões para os candidatos republicanos.

O Senado está integrado atualmente por 49 democratas, 49 republicanos e dois independentes. A Câmara de Representantes é formada no momento por 223 republicanos, 208 democratas e um independente. Três cadeiras estão vagas.

Governador
Dos 50 cargos de governador, 36 foram submetidos à reeleição ontem nos Estados Unidos.

Jeb Bush, irmão do presidente, conseguiu se reeleger na Flórida. Seu adversário, o democrata Bill McBride, reconheceu a derrota. A vitória do governador pode ajudar muito na eventual reeleição de George W. Bush em 2004, segundo os analistas.

Em Maryland, a democrata Kathleen Kennedy Townsend admitiu a vitória de Robert Ehrlich. O Estado não elegia um governador republicano há três décadas.

Os democratas ganharam os governos de Illinois, Pensilvania, Kansas, Michigan e Novo México. Os republicanos conservaram o cargo de governador do Texas, reduto de Bush.

Antes do fechamento das urnas, as TVs norte-americanas cancelaram a divulgação das pesquisas de boca-de-urna. O Voter News Service, consórcio entre as emissoras que errou projeções nas eleições presidenciais de 2000, decidiu não divulgá-las por considerar sua própria metodologia "não confiável".

Popularidade
As vitórias em todas as frentes parecem ser o reflexo da popularidade (mais de 60%) que o presidente Bush ganhou ao declarar "guerra ao terrorismo", após os atentados de 11 de setembro de 2001.

Bush pode inclusive aproveitar o vento a favor para ampliar o consenso em favor de uma guerra contra o Iraque e para intensificar sua campanha antiterrorista, principalmente com a instalação de um Departamento de Segurança do território e com uma reforma fiscal que torne permanente a redução de impostos.

Com agências internacionais

Leia mais no especial Governo Bush

Leia também:

  • Irã proíbe publicidade de produto norte-americano

  • EUA prendem suspeitos de tentar vender mísseis a Al Qaeda

  • EUA expulsam quatro diplomatas cubanos acusados de espionagem


  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade