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05/11/2002 - 22h58

Instituto não divulga resultados de boca-de-urna nos EUA

da Folha Online

O principal instituto de pesquisas eleitorais norte-americano, Voter News Service (VNS), que devia fornecer à imprensa o resultado das pesquisas de "boca-de-urna" das eleições legislativas de hoje, não o fez por problemas técnicos, indicaram os canais de TV dos EUA.

Os eleitores norte-americanos foram às urnas hoje para decidir quem vai controlar o Congresso. Nestas eleições, os republicanos, incluindo o presidente George W. Bush, fazem pressão para retomar o Senado e expandir sua maioria na Câmara dos Deputados.

O VNS, que pertence a seis organizações de imprensa (ABC, NBC, CBS, CNN, Fox e Associated Press), alegou aos clientes que seus dados não eram confiáveis o bastante para repassá-los. Normalmente os dados são usados pela mídia para ajudar a analisar o comportamento do eleitor na hora do voto.

Os responsáveis da VNS não foram encontrados para confirmar esta informação.

Desde as eleições de 2000, o instituto modificou seus métodos de pesquisas de intenção de voto realizadas nas saídas das urnas.

Estas estimativas permitem aos meios de comunicação fazer projeções da tendência nacional e de prever, no final das votações, os resultados das 6.800 seções eleitorais.

Mas o novo método foi colocado em prática tarde demais e não pôde ser testado em grande escala antes das eleições de hoje.

A votação
O comparecimento dos eleitores -o componente-chave destas eleições- parecia mais alto que o normal em alguns Estados, informou a CNN.

Não foram relatados problemas importantes nos locais de votação, e o mau tempo pareceu não afetar a ida da população às urnas.

A taxa de comparecimento é tipicamente baixa nos Estados Unidos em eleições de meio de mandato como esta. Em Nova York, os locais de votação já estavam cheios às 7h (hora local). Em Chevy Chase, Maryland, a espera estimada para a votação era de 30 minutos ou mais.

Todas as 435 cadeiras da Câmara de Representantes, 34 das 100 vagas ao Senado e 36 governos estaduais estavam em disputa, com os Republicanos controlando a Câmara por uma diferença de seis votos, e os Democratas ainda em vantagem no Senado por apenas uma cadeira.

Menos de dez disputas no Senado e uma dúzia na Câmara devem determinar qual partido terá maior poder no Congresso e estará a cargo da agenda legislativa de Bush e das nomeações da Justiça.

Bush, que espera se tornar o terceiro presidente em um século a ganhar cadeiras em uma eleição de meio de mandato, depois de Franklin Roosevelt em 1934 e Bill Clinton em 1998, passou a noite em seu rancho no Texas, depois de uma campanha de um dia em quatro Estados.

Bush votou em um posto dos bombeiros próximo a seu rancho, dizendo: "Espero que as pessoas votem. Estou encorajando todos a votar". Depois, ele voltou para Washington para esperar os resultados.

Os Democratas também colocaram seus trunfos para fazer campanha no último dia, como o ex-presidente Bill Clinton, o ex-vice-presidente Al Gore, o líder do Senado Tom Daschle e o líder da Câmara Richard Gephardt. As pesquisas de opinião mostram uma pequena evidência de que a situação econômica do país está prejudicando os Republicanos.

O foco da batalha política é o Senado, onde os resultados podem não ficar claros imediatamente. Seis disputas estão tão acirradas que os vencedores não devem ser conhecidos muito rapidamente.

Com agências internacionais

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