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05/11/2002
-
04h26
da Folha de S.Paulo, em Nova York
Juntos, eles poderiam pagar o déficit de US$ 5 bilhões que a cidade de Nova York terá em 2003 e, com o troco, ainda dava para comprar 700 mil Gol 1000. Segundo a revista "Forbes", os dez políticos norte-americanos mais ricos em atividade têm uma fortuna de US$ 9,56 bilhões, ou perto do total que o Brasil recebeu de investimento estrangeiro neste ano.
Não por acaso, três deles são de Nova York, Estado que abriga a cidade mais rica dos EUA. Não por acaso, também, o que vem fazendo mais barulho na mídia está em terceiro lugar e concorre ao governo nas eleições de hoje.
É Tom Golisano, "self-made man", que cresceu na cidade de Rochester, no interior de Nova York. Filho de operários imigrantes italianos, ele tem hoje US$ 1,1 bilhão em patrimônio, conseguido com a empresa que fundou aos 30 anos, a Paychex, de processamento de pagamentos.
Candidato ao governo pela coligação dos partidos nanicos Conservador e da Independência, o nova-iorquino de 60 anos não deve ser eleito _o republicano George Pataki, atual governador, é o favorito nas pesquisas, seguido de longe pelo democrata negro Carl McCall.
Ao gastar US$ 54 milhões do próprio bolso em propaganda política, porém, Golisano acabou chamando a atenção para a saúde financeira sem precedentes de vários candidatos a ou ocupantes de cargos políticos nos EUA hoje, o que levou a revista "Forbes" a fazer seu levantamento.
No processo, a publicação apurou que a quantia gasta por Golisano não é recorde: o senador Jon Corzine, do Estado de Nova Jersey, vizinho de Nova York, já gastou US$ 60 milhões na campanha por sua reeleição, só atrás dos US$ 73 milhões despendidos por Michael Bloomberg para se eleger prefeito de Nova York, em 2001.
O líder absoluto dos dez mais ricos é mesmo o atual prefeito de Nova York, com uma fortuna pessoal de US$ 4,8 bilhões, ou US$ 500 milhões a mais do que os outros nove juntos, conseguidos à frente da empresa de comunicações que leva seu sobrenome.
A trajetória do nova-iorquino de origem judaica é semelhante à de Golisano, com a diferença de que ele se afiliou a um grande partido, o republicano, e conseguiu ser eleito para o cargo municipal em dezembro, sucedendo ao veterano Rudolph Giuliani.
As semelhanças entre os dois levou Bloomberg a fazer uma piada num dos mais recentes comícios de George Pataki, do qual participou e fez discurso. "Esse Golisano pensa que, só por ser empresário e bilionário, vai conseguir ser eleito em Nova York? Não é tão fácil assim", disse, entre risos.
O terceiro representante do Estado na lista é o deputado federal Amo Houghton, em sexto lugar, com US$ 475 milhões de patrimônio, conseguidos à frente da empresa de fibras óticas Corning. Assim como ele, três outros listados são republicanos, que perdem a maioria para os democratas (seis). O independente Golisano fecha a dezena.
Bilionário concorre ao governo de Nova York
SÉRGIO DÁVILAda Folha de S.Paulo, em Nova York
Juntos, eles poderiam pagar o déficit de US$ 5 bilhões que a cidade de Nova York terá em 2003 e, com o troco, ainda dava para comprar 700 mil Gol 1000. Segundo a revista "Forbes", os dez políticos norte-americanos mais ricos em atividade têm uma fortuna de US$ 9,56 bilhões, ou perto do total que o Brasil recebeu de investimento estrangeiro neste ano.
Não por acaso, três deles são de Nova York, Estado que abriga a cidade mais rica dos EUA. Não por acaso, também, o que vem fazendo mais barulho na mídia está em terceiro lugar e concorre ao governo nas eleições de hoje.
É Tom Golisano, "self-made man", que cresceu na cidade de Rochester, no interior de Nova York. Filho de operários imigrantes italianos, ele tem hoje US$ 1,1 bilhão em patrimônio, conseguido com a empresa que fundou aos 30 anos, a Paychex, de processamento de pagamentos.
Candidato ao governo pela coligação dos partidos nanicos Conservador e da Independência, o nova-iorquino de 60 anos não deve ser eleito _o republicano George Pataki, atual governador, é o favorito nas pesquisas, seguido de longe pelo democrata negro Carl McCall.
Ao gastar US$ 54 milhões do próprio bolso em propaganda política, porém, Golisano acabou chamando a atenção para a saúde financeira sem precedentes de vários candidatos a ou ocupantes de cargos políticos nos EUA hoje, o que levou a revista "Forbes" a fazer seu levantamento.
No processo, a publicação apurou que a quantia gasta por Golisano não é recorde: o senador Jon Corzine, do Estado de Nova Jersey, vizinho de Nova York, já gastou US$ 60 milhões na campanha por sua reeleição, só atrás dos US$ 73 milhões despendidos por Michael Bloomberg para se eleger prefeito de Nova York, em 2001.
O líder absoluto dos dez mais ricos é mesmo o atual prefeito de Nova York, com uma fortuna pessoal de US$ 4,8 bilhões, ou US$ 500 milhões a mais do que os outros nove juntos, conseguidos à frente da empresa de comunicações que leva seu sobrenome.
A trajetória do nova-iorquino de origem judaica é semelhante à de Golisano, com a diferença de que ele se afiliou a um grande partido, o republicano, e conseguiu ser eleito para o cargo municipal em dezembro, sucedendo ao veterano Rudolph Giuliani.
As semelhanças entre os dois levou Bloomberg a fazer uma piada num dos mais recentes comícios de George Pataki, do qual participou e fez discurso. "Esse Golisano pensa que, só por ser empresário e bilionário, vai conseguir ser eleito em Nova York? Não é tão fácil assim", disse, entre risos.
O terceiro representante do Estado na lista é o deputado federal Amo Houghton, em sexto lugar, com US$ 475 milhões de patrimônio, conseguidos à frente da empresa de fibras óticas Corning. Assim como ele, três outros listados são republicanos, que perdem a maioria para os democratas (seis). O independente Golisano fecha a dezena.
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