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05/11/2002
-
05h08
da Folha de S.Paulo, em Washington
As eleições nos Estados da Flórida (sul) e de Dakota do Sul (centro-norte) transformaram-se em microcosmos da batalha nacional pelo poder nos EUA.
Na Flórida, o governador republicano Jeb Bush tenta se reeleger dois anos depois de ter ajudado seu irmão George W. Bush a conquistar a Casa Branca.
Em 2000, Jeb colocou em risco sua própria carreira política ao rejeitar um pedido dos democratas para recontar milhares de votos parcialmente perfurados por máquinas de votação antiquadas. A definição do vitorioso nas eleições presidenciais entre Bush e Al Gore (democrata) só foi definida 36 dias depois do pleito por causa dos problemas de apuração na Flórida, resolvidos com controversas decisões judiciais locais e federais.
O episódio não só transformou Jeb num dos principais inimigos dos democratas, como também expôs ao mundo sistemas de apuração e de votação incompatíveis com o país que simboliza o berço da democracia moderna e das novas tecnologias.
Para "vingar" 2000, o ex-presidente democrata Bill Clinton uniu-se a Al Gore numa maratona para promover o adversário de Jeb, o candidato democrata Bill McBride.
Durante discursos inflamados nos últimos dias, Clinton tem revivido a polêmica das eleições presidenciais de 2000. "Se vocês não forem às urnas por causa do que aconteceu na última vez, vão deixar que tomem seu voto duas vezes", alertou Clinton.
Jeb Bush tem recebido o apoio explícito do irmão, do pai, o ex-presidente George Bush, e da mãe, Barbara, uma das primeiras-damas mais populares da história americana. Os três estiveram na Flórida no final de semana em comícios montados para garantir a eleição de Jeb e proteger a imagem da "dinastia Bush" na política norte-americana.
Pesquisas indicam que Jeb tem uma pequena vantagem sobre McBride, apesar das feridas das eleições de 2000 e de um problema familiar. Em outubro, a filha de Jeb, Noelle Bush, foi presa por dez dias depois que cocaína foi supostamente encontrada em seu sapato durante um tratamento contra o uso de drogas.
Em Dakota do Sul, outro Estado-chave, o presidente Bush envolveu-se numa batalha pessoal com seu principal adversário na política nacional, o líder democrata no Senado, Tom Daschle. Bush participou pessoalmente da escolha de John Thune, um deputado republicano, para disputar o Senado contra o senador Tim Johson, escolhido de Daschle.
Durante a campanha, Bush já foi quatro vezes ao pequeno Estado para promover o nome de Thune, um recorde histórico para um presidente durante eleições parlamentares. Daschle, que representa Dakota do Sul no Senado, tem visitado os eleitores pessoalmente.
Flórida volta a concentrar a atenção nas eleições dos EUA
MARCIO AITHda Folha de S.Paulo, em Washington
As eleições nos Estados da Flórida (sul) e de Dakota do Sul (centro-norte) transformaram-se em microcosmos da batalha nacional pelo poder nos EUA.
Na Flórida, o governador republicano Jeb Bush tenta se reeleger dois anos depois de ter ajudado seu irmão George W. Bush a conquistar a Casa Branca.
Em 2000, Jeb colocou em risco sua própria carreira política ao rejeitar um pedido dos democratas para recontar milhares de votos parcialmente perfurados por máquinas de votação antiquadas. A definição do vitorioso nas eleições presidenciais entre Bush e Al Gore (democrata) só foi definida 36 dias depois do pleito por causa dos problemas de apuração na Flórida, resolvidos com controversas decisões judiciais locais e federais.
O episódio não só transformou Jeb num dos principais inimigos dos democratas, como também expôs ao mundo sistemas de apuração e de votação incompatíveis com o país que simboliza o berço da democracia moderna e das novas tecnologias.
Para "vingar" 2000, o ex-presidente democrata Bill Clinton uniu-se a Al Gore numa maratona para promover o adversário de Jeb, o candidato democrata Bill McBride.
Durante discursos inflamados nos últimos dias, Clinton tem revivido a polêmica das eleições presidenciais de 2000. "Se vocês não forem às urnas por causa do que aconteceu na última vez, vão deixar que tomem seu voto duas vezes", alertou Clinton.
Jeb Bush tem recebido o apoio explícito do irmão, do pai, o ex-presidente George Bush, e da mãe, Barbara, uma das primeiras-damas mais populares da história americana. Os três estiveram na Flórida no final de semana em comícios montados para garantir a eleição de Jeb e proteger a imagem da "dinastia Bush" na política norte-americana.
Pesquisas indicam que Jeb tem uma pequena vantagem sobre McBride, apesar das feridas das eleições de 2000 e de um problema familiar. Em outubro, a filha de Jeb, Noelle Bush, foi presa por dez dias depois que cocaína foi supostamente encontrada em seu sapato durante um tratamento contra o uso de drogas.
Em Dakota do Sul, outro Estado-chave, o presidente Bush envolveu-se numa batalha pessoal com seu principal adversário na política nacional, o líder democrata no Senado, Tom Daschle. Bush participou pessoalmente da escolha de John Thune, um deputado republicano, para disputar o Senado contra o senador Tim Johson, escolhido de Daschle.
Durante a campanha, Bush já foi quatro vezes ao pequeno Estado para promover o nome de Thune, um recorde histórico para um presidente durante eleições parlamentares. Daschle, que representa Dakota do Sul no Senado, tem visitado os eleitores pessoalmente.
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