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04/11/2002
-
22h21
As eleições de amanhã nos Estados Unidos renovarão parte do Congresso Nacional: toda a Câmara dos Deputados (435 cadeiras) e um terço do Senado (34 das 100 cadeiras), além de definir governadores de 36 dos 50 Estados do país.
Apesar de pesquisas indicarem que provavelmente a Câmara dos Deputados terá maioria Republicana, a disputa para as duas casas do Congresso está bastante acirrada, e poderá ser decidida por poucos milhares de votos em alguns Estados. Atualmente os Republicanos têm uma maioria apertada na Câmara - uma vantagem de apenas seis cadeiras com relação aos Democratas.
Pesquisas indicam que a vantagem republicana deve continuar pequena, subindo para 11 cadeiras. O controle do Senado é dos democratas por apenas um voto, e a próxima maioria ainda está indefinida.
A última pesquisa New York Times/CBS, publicada ontem no jornal "The New York Times" e realizada de 27 de outubro a 31 de outubro, mostrou o eleitorado igualmente dividido entre os republicanos (31%), os democratas (34%) e os independentes (28%). Mas, de acordo com a mesma pesquisa, somente 31% dos 1.018 entrevistados disseram que achavam que os democratas tinham "um plano claro para o país"; 42% acharam que os republicanos o tinham.
Campanha
O presidente George W. Bush, republicano, realizou uma maratona de comícios pelos principais Estados do país. Seu oponente nas últimas eleições, o ex-vice-presidente Al Gore, esteve na Flórida para dar um impulso à campanha do partido Democrata, que tenta tomar o governo do Estado do irmão do presidente norte-americano, Jeb Bush.
Além de quererem atrair votos para seus partidos, os líderes em campanha tiveram que se esforçar para estimular a população a votar. O voto nos EUA é facultativo, e muitos norte-americanos não estão satisfeitos com o sistema eleitoral do país.
Nas eleições presidenciais de 2000, mais de 2,5 milhões dos 100 milhões de votos registrados não chegaram a ser contados. Máquinas de perfuração das cédulas não funcionaram corretamente e a disputa entre Bush e Al Gore acabou sendo decidida pela Suprema Corte, que rejeitou um recurso do ex-vice-presidente democrata para recontar milhares de cédulas na Flórida.
Existem reformas eleitorais em andamento, mas serão válidas apenas a partir das eleições de 2004. Pesquisas indicam que o comparecimento às urnas ficará abaixo de 50%.
Decisões
Nos próximos dois anos, os EUA passarão por decisões importantes. Elas envolvem a postura com relação às políticas do presidente Bush sobre o Iraque, e uma série de questões domésticas. Segundo o jornal "The New York Times", os Democratas querem se concentrar na economia, mas como muitos de seus candidatos apoiaram o pacote de corte de impostos de Bush, há um limite para o que eles podem propor.
Os Republicanos tentam ser identificados com a proteção da Previdência Social, diante da determinação do partido em mudá-la, diz o jornal. Os dois partidos dão total apoio para um programa de concessão de remédios para os mais idosos, apesar da incapacidade em aprovar um projeto de lei relacionado a ele. As diferenças sobre o Departamento de Segurança Interna são terrivelmente obscuras.
O presidente tem centrado seus esforços nas ameaças à segurança nacional e na necessidade de desarmar o presidente do Iraque, Saddam Hussein. No entanto, analistas dizem que a maior preocupação do eleitorado é a economia.
O resultado das eleições de amanhã influirá na balança de poderes para a disputa à presidência em 2004. Os democratas ainda não têm candidatos de peso que poderiam desafiar o presidente Bush. A maioria dos presidentes vem do poder legislativo, não do Capitólio, e 27 dos 50 governadores atualmente são republicanos. Os democratas são os favoritos na Califórnia, em Illinois, Michigan e Pensilvânia.
Com agências internacionais
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Bush faz apelo pedindo votos dos republicanos
EUA renovam parte do Congresso em eleições de amanhã
da Folha OnlineAs eleições de amanhã nos Estados Unidos renovarão parte do Congresso Nacional: toda a Câmara dos Deputados (435 cadeiras) e um terço do Senado (34 das 100 cadeiras), além de definir governadores de 36 dos 50 Estados do país.
Apesar de pesquisas indicarem que provavelmente a Câmara dos Deputados terá maioria Republicana, a disputa para as duas casas do Congresso está bastante acirrada, e poderá ser decidida por poucos milhares de votos em alguns Estados. Atualmente os Republicanos têm uma maioria apertada na Câmara - uma vantagem de apenas seis cadeiras com relação aos Democratas.
Pesquisas indicam que a vantagem republicana deve continuar pequena, subindo para 11 cadeiras. O controle do Senado é dos democratas por apenas um voto, e a próxima maioria ainda está indefinida.
A última pesquisa New York Times/CBS, publicada ontem no jornal "The New York Times" e realizada de 27 de outubro a 31 de outubro, mostrou o eleitorado igualmente dividido entre os republicanos (31%), os democratas (34%) e os independentes (28%). Mas, de acordo com a mesma pesquisa, somente 31% dos 1.018 entrevistados disseram que achavam que os democratas tinham "um plano claro para o país"; 42% acharam que os republicanos o tinham.
Campanha
O presidente George W. Bush, republicano, realizou uma maratona de comícios pelos principais Estados do país. Seu oponente nas últimas eleições, o ex-vice-presidente Al Gore, esteve na Flórida para dar um impulso à campanha do partido Democrata, que tenta tomar o governo do Estado do irmão do presidente norte-americano, Jeb Bush.
Além de quererem atrair votos para seus partidos, os líderes em campanha tiveram que se esforçar para estimular a população a votar. O voto nos EUA é facultativo, e muitos norte-americanos não estão satisfeitos com o sistema eleitoral do país.
Nas eleições presidenciais de 2000, mais de 2,5 milhões dos 100 milhões de votos registrados não chegaram a ser contados. Máquinas de perfuração das cédulas não funcionaram corretamente e a disputa entre Bush e Al Gore acabou sendo decidida pela Suprema Corte, que rejeitou um recurso do ex-vice-presidente democrata para recontar milhares de cédulas na Flórida.
Existem reformas eleitorais em andamento, mas serão válidas apenas a partir das eleições de 2004. Pesquisas indicam que o comparecimento às urnas ficará abaixo de 50%.
Decisões
Nos próximos dois anos, os EUA passarão por decisões importantes. Elas envolvem a postura com relação às políticas do presidente Bush sobre o Iraque, e uma série de questões domésticas. Segundo o jornal "The New York Times", os Democratas querem se concentrar na economia, mas como muitos de seus candidatos apoiaram o pacote de corte de impostos de Bush, há um limite para o que eles podem propor.
Os Republicanos tentam ser identificados com a proteção da Previdência Social, diante da determinação do partido em mudá-la, diz o jornal. Os dois partidos dão total apoio para um programa de concessão de remédios para os mais idosos, apesar da incapacidade em aprovar um projeto de lei relacionado a ele. As diferenças sobre o Departamento de Segurança Interna são terrivelmente obscuras.
O presidente tem centrado seus esforços nas ameaças à segurança nacional e na necessidade de desarmar o presidente do Iraque, Saddam Hussein. No entanto, analistas dizem que a maior preocupação do eleitorado é a economia.
O resultado das eleições de amanhã influirá na balança de poderes para a disputa à presidência em 2004. Os democratas ainda não têm candidatos de peso que poderiam desafiar o presidente Bush. A maioria dos presidentes vem do poder legislativo, não do Capitólio, e 27 dos 50 governadores atualmente são republicanos. Os democratas são os favoritos na Califórnia, em Illinois, Michigan e Pensilvânia.
Com agências internacionais
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