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30/10/2002
-
15h18
Editora de Mundo da Folha Online
A expectativa de vida pode aumentar em cinco a dez anos se houver um combate mais eficaz contra os riscos à saúde, segundo relatório da OMS (Organização Mundial da Saúde) divulgado hoje. O relatório, disponível no site da organização, aponta contrastes alarmantes entre o mundo industrializado e os países em desenvolvimento.
A OMS enumera os dez mais importantes riscos para a saúde pelo grau de mortalidade que oferecem: peso abaixo do normal (subnutrição), práticas sexuais de risco, hipertensão, tabagismo, alcoolismo, água não tratada, falta de saneamento básico, colesterol alto, obesidade e carência de ferro.
Juntos, esses dez fatores são responsáveis por mais 40% da mortalidade mundial.
O relatório diz que, enquanto nos países pobres o peso abaixo do normal, causado pela falta de alimentos, afeta quase 170 milhões de crianças -das quais 3 milhões podem morrer este ano-, no mundo desenvolvido o excesso de alimentos também faz vítimas. Mais de 1 bilhão de adultos em todo o mundo tem excesso de peso, pelo menos 300 milhões sofrem de obesidade e cerca de 500 mil morrerão este ano, na América do Norte e na Europa, devido a problemas com a obesidade.
O relatório da OMS afirma que existem remédios baratos para solucionar os problemas e sugere que os governos de todo o mundo podem fazer mais do que têm feito para evitar as mortes prematuras e desnecessárias. Além disso, os esforços para reverter o quadro atual podem estender a média de expectativa de vida eme cinco a dez anos.
Ricos e pobres
Entre os dez principais riscos, cinco deles atingem mais os países pobres: peso abaixo do normal (subnutrição), sexo inseguro, carência de ferro, água não potável e exposição à fumaça de combustíveis. Aqui, a solução da OMS seria adicionar nutrientes, assim como vitamina A, zinco e ferro na alimentação da população, além de fazer um programa mais efetivo para divulgar os benefícios da amamentação.
Já os países ricos são mais atingidos por outros fatores: tabagismo, consumo excessivo de álcol, hipertensão, colesterol alto e obesidade. Neste caso, A OMS sugere o aumento dos impostos do tabaco para combater o câncer e os problemas cardíacos. De acordo como o relatório da OMS, o consumo de tabaco cai em 10% a cada 10% de aumento no preço do produto. A diminuição do sal na comida também pode diminuir os riscos de ataques cardíacos e a hipertensão.
De acordo com o relatório, a exposição à fumaça causa pneumonia em crianças e doenças pulmonares em mulheres.
Sexo de risco
Comparado a níveis mundiais, o sexo de risco é um dos principais causadores da mortalidade mundial -ao lado da subnutrição-, com a disseminação do vírus do HIV (quarta principal causa de morte mundial segundo a OMS) e que atinge principal e drasticamente os países pobres da Ásia e da África. Atualmente, 28 milhões dos 40 milhões de pessoas infectadas pelo vírus HIV estão no continente africano.
A expectativa de vida atual na África subsaariana é de 47 anos de idade. Segundo a OMS, se não houvesse o problema do HIV, esse número subiria para 62 anos. Em nível mundial, 2,9 milhões de mortes no mundo são atribuídas à prática do sexo de risco, e a maioria dessas mortes ocorre na África.
Para Gro Harlem Brundtland, diretora-geral da OMS, "o relatório quer mostrar caminhos que cada país pode percorrer na tentativa de encontrar soluções eficazes e financeiramente razoáveis para ao menos diminuir os riscos e oferecer uma vida mais saudável para as pessoas".
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Relatório da OMS classifica os dez piores fatores de risco para saúde
LIGIA BRASLAUSKASEditora de Mundo da Folha Online
A expectativa de vida pode aumentar em cinco a dez anos se houver um combate mais eficaz contra os riscos à saúde, segundo relatório da OMS (Organização Mundial da Saúde) divulgado hoje. O relatório, disponível no site da organização, aponta contrastes alarmantes entre o mundo industrializado e os países em desenvolvimento.
A OMS enumera os dez mais importantes riscos para a saúde pelo grau de mortalidade que oferecem: peso abaixo do normal (subnutrição), práticas sexuais de risco, hipertensão, tabagismo, alcoolismo, água não tratada, falta de saneamento básico, colesterol alto, obesidade e carência de ferro.
Juntos, esses dez fatores são responsáveis por mais 40% da mortalidade mundial.
O relatório diz que, enquanto nos países pobres o peso abaixo do normal, causado pela falta de alimentos, afeta quase 170 milhões de crianças -das quais 3 milhões podem morrer este ano-, no mundo desenvolvido o excesso de alimentos também faz vítimas. Mais de 1 bilhão de adultos em todo o mundo tem excesso de peso, pelo menos 300 milhões sofrem de obesidade e cerca de 500 mil morrerão este ano, na América do Norte e na Europa, devido a problemas com a obesidade.
O relatório da OMS afirma que existem remédios baratos para solucionar os problemas e sugere que os governos de todo o mundo podem fazer mais do que têm feito para evitar as mortes prematuras e desnecessárias. Além disso, os esforços para reverter o quadro atual podem estender a média de expectativa de vida eme cinco a dez anos.
Ricos e pobres
Entre os dez principais riscos, cinco deles atingem mais os países pobres: peso abaixo do normal (subnutrição), sexo inseguro, carência de ferro, água não potável e exposição à fumaça de combustíveis. Aqui, a solução da OMS seria adicionar nutrientes, assim como vitamina A, zinco e ferro na alimentação da população, além de fazer um programa mais efetivo para divulgar os benefícios da amamentação.
Já os países ricos são mais atingidos por outros fatores: tabagismo, consumo excessivo de álcol, hipertensão, colesterol alto e obesidade. Neste caso, A OMS sugere o aumento dos impostos do tabaco para combater o câncer e os problemas cardíacos. De acordo como o relatório da OMS, o consumo de tabaco cai em 10% a cada 10% de aumento no preço do produto. A diminuição do sal na comida também pode diminuir os riscos de ataques cardíacos e a hipertensão.
De acordo com o relatório, a exposição à fumaça causa pneumonia em crianças e doenças pulmonares em mulheres.
Sexo de risco
Comparado a níveis mundiais, o sexo de risco é um dos principais causadores da mortalidade mundial -ao lado da subnutrição-, com a disseminação do vírus do HIV (quarta principal causa de morte mundial segundo a OMS) e que atinge principal e drasticamente os países pobres da Ásia e da África. Atualmente, 28 milhões dos 40 milhões de pessoas infectadas pelo vírus HIV estão no continente africano.
A expectativa de vida atual na África subsaariana é de 47 anos de idade. Segundo a OMS, se não houvesse o problema do HIV, esse número subiria para 62 anos. Em nível mundial, 2,9 milhões de mortes no mundo são atribuídas à prática do sexo de risco, e a maioria dessas mortes ocorre na África.
Para Gro Harlem Brundtland, diretora-geral da OMS, "o relatório quer mostrar caminhos que cada país pode percorrer na tentativa de encontrar soluções eficazes e financeiramente razoáveis para ao menos diminuir os riscos e oferecer uma vida mais saudável para as pessoas".
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