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22/10/2002 - 17h55

Atentado em Bogotá matou 2 e feriu 36, segundo dados oficiais

da Folha Online

Duas pessoas morreram e 36 ficaram feridas hoje devido a um atentado com explosivos em Bogotá (capital colombiana), segundo o balanço oficial e definitivo da Polícia Nacional, que descarta uma versão anterior da secretaria de governo de Bogotá, que indicava três mortos.

O atentado ocorreu pouco depois das 7h locais, com a ativação de um explosivo colocado dentro de um táxi em um estacionamento perto da sede da polícia de Bogotá e a menos de um quilômetro da Casa de Nariño, sede do governo.

Em seu comunicado, a polícia assinala que "duas pessoas morreram e 36 ficaram feridas em decorrência de um atentado terrorista esta manhã contra as instalações da Sijin (Serviço Seccional de Polícia Judicial) na capital da República, em que explodiu um carro-bomba com 50 quilos de dinamite".

Os mortos, segundo o comunicado, são um auxiliar da polícia e uma civil. Também assinala que, entre os 36 feridos, 26 são agentes da polícia. Os feridos foram levados a diferentes clínicas e hospitais de Bogotá, a capital colombiana de mais de 6 milhões de habitantes.

"A explosão deixou também inúmeros danos materiais no prédio da Polícia Metropolitana de Bogotá e em estabelecimentos próximos", diz o comunicado.

Bogotá não vivia uma situação como essa desde 7 de agosto, quando Álvaro Uribe assumiu a Presidência em meio a uma onda de violência.

Na ocasião, rebeldes das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) atacaram com granadas o centro da cidade, atingindo a sede da Presidência e um local onde indigentes se refugiavam. A ação deixou 21 mortos e 60 feridos.

Medellín
Ontem, autoridades de Medellín (noroeste da Colômbia) decretaram toque de recolher das 22h às 5h em um bairro da periferia da cidade, que foi palco de sangrentos confrontos entre as Forças Armadas e comandos guerrilheiros urbanos.

O prefeito de Medellín, Luis Pérez, informou ontem que a medida começaria a vigorar hoje, juntamente com uma lei seca e restrições ao deslocamento de pessoas em motocicletas.

As medidas, que em princípio regerão por dez dias, serão aplicadas na maior parte do bairro Comuna 13 -cenário do mais violento combate em uma cidade colombiana na história dos 38 anos de conflito interno.

Os combates ocorridos na semana passada deixaram um saldo de 18 mortos, mais de 20 feridos e 179 detidos. A ofensiva militar foi realizada durante a chamada 'Operação Orión' para desalojar comandos urbanos das guerrilhas das Farc e do Exército de Libertação Nacional (ELN).

Na Comuna 13 vivem cerca de 250 mil pessoas nas encostas das montanhas do oeste de Medellín, capital do Departamento (Estado) de Antioquia e a terceira cidade mais povoada da Colômbia.

A região foi ocupada nos últimos anos por comandos das Farc e do ELN, que impunham leis próprias aos moradores. Comandos dos esquadrões ilegais paramilitares, que combatem as guerrilhas, também realizaram incursões na região, transformando as ruas da Comuna 13 em verdadeiros campos de batalha.

Pérez disse ainda que as autoridades realizarão um censo populacional no bairro e manterão as operações militares a fim de expulsar os grupos armados ilegais.

Com agências internacionais

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