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09/10/2002
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17h31
As eleições legislativas serão realizadas amanhã no Paquistão, pela primeira vez desde que o general Pervez Musharraf assumiu o poder, em outubro de 1999, sob um clima de contestação política e de violência islâmica.
O presidente autoproclamado se comprometeu a dar o poder ao futuro primeiro-ministro (premier) civil, proclamado em eleições, organizadas sem teor da oposição. Este presidirá o conselho nacional de segurança que vai supervisionar o governo e poderá dissolver o Parlamento.
Após os atentados de 11 de setembro nos Estados Unidos, Musharraf afastou os numerosos movimentos islâmicos no Paquistão, que reagiram com uma série de atentados antiocidentais e anticristãos.
Esta é a cronologia de seus três anos no governo:
1999
12 de outubro : O chefe do exército, general Pervez Musharraf, tira o poder do premier Nawaz Sharif e fica com todos os poderes.
2000
6 de abril: Nawaz Sharif é condenado à cadeia perpétua por ter querido impedir a aterrissagem do avião do general Musharraf.
12 de maio: A Corte Suprema avaliza Musharraf, embora lhe dê três anos para organizar eleições legislativas.
31 de dezembro: Primeiras eleições locais. Os partidos políticos tradicionais, excluídos, acusam Musharraf de voltar a escrever as regras do jogo eleitoral para reforçar o poder central e dos militares.
2001
20 de junho: O general Musharraf dissolve o Parlamento e atribuiu essa função a um "chefe executivo".
14 a 16 de julho: Fracasso de uma cúpula histórica na Índia com o premier Atal Behari Vajpayee, por causa das divergências sobre Caxemira.
20 a 21 de agosto: O governo proíbe os islamitas de sacarem fundos em nome da guerra santa (Jihad). Acedendo à presidência em setembro de 1978, Zia tinha proclamado a supremacia da charia (lei do Alcorão).
15 de setembro: Quatro dias depois dos atentados nos Estados Unidos, reivindicados por Osama bin Laden, aliado do Taleban (grupo islâmico que controlava 90% do território do Afeganistão antes dos ataques dos EUA ao país - em 7 de outubro) em Cabul e chefe da rede terrorista Al Qaeda, o Paquistão aceita apoiar a coalizão antiterrorista.
22 de setembro: Suspensas as sanções contra Paquistão e Índia impostas pelos testes nucleares de 1998.
7 de novembro: Musharraf faz um reconhecimento internacional em um giro por Teerã, Ancara, Paris, Londres e Nova York.
22 de novembro: Paquistão decide fechar a embaixada do Taleban em Islamabad
2002
15 de janeiro: Após o atentado de 13 de dezembro contra o parlamento indiano, ocorrem mais de 2.000 prisões de militantes islamitas e são proibidos cinco movimentos.
23 de janeiro: Um jornalista americano judeu, Daniel Pearl (38 anos), é sequestrado em Karachi (sul). Dias depois foi decapitado pelos islamitas.
30 de abril: Quatro dias depois de uma tentativa de atentado contra Musharraf, este ganha oficialmente com 97,5% dos votos um plebiscito para para prolongar sua presidência por cinco anos.
25 a 28 de maio: Paquistão lança mísseis capazes de transportar cargas nucleares.
6 de julho: Um decreto praticamente proíbe o retorno ao poder dos ex-primeiros-ministros Benazir Bhutto e Nawaz Sharif.
11 de julho: Os principais partidos políticos exigem a renúncia de Musharraf e a instalação de um governo civil de transição para controlar as eleições legislativas.
17 de julho: Washington ajuda o Paquistão, recompensando-o por seu compromisso com a campanha antiterrorista
21 de agosto: Realizam-se reformas constitucionais, pelas quais o presidente oficializa o desempenho de um papel na política dos militares e adquire o poder de dissolver o Parlamento.
4 de outubro: O Paquistão lança um míssil capaz de conter uma ogiva nuclear.
Leia mais:
Paquistão realiza eleições após três anos de regime militar
Leia mais no especial Conflito Índia-Paquistão
Saiba mais sobre o governo do paquistanês Pervez Musharraf
da France presse, em Islamabad (Paquistão)As eleições legislativas serão realizadas amanhã no Paquistão, pela primeira vez desde que o general Pervez Musharraf assumiu o poder, em outubro de 1999, sob um clima de contestação política e de violência islâmica.
O presidente autoproclamado se comprometeu a dar o poder ao futuro primeiro-ministro (premier) civil, proclamado em eleições, organizadas sem teor da oposição. Este presidirá o conselho nacional de segurança que vai supervisionar o governo e poderá dissolver o Parlamento.
Após os atentados de 11 de setembro nos Estados Unidos, Musharraf afastou os numerosos movimentos islâmicos no Paquistão, que reagiram com uma série de atentados antiocidentais e anticristãos.
Esta é a cronologia de seus três anos no governo:
1999
2000
2001
2002
Leia mais:
Leia mais no especial Conflito Índia-Paquistão
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