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03/10/2002
-
09h39
O escritor norte-americano Philip Roth afirmou que "estamos assistindo desde o dia 11 de setembro de 2001 a uma onda de narcisismo nacional e a um sentimento gratuito de vítima designada, que é repugnante".
As declarações do escritor, cujo nome é citado entre os principais favoritos ao prêmio Nobel de Literatura, foram feitas ao jornal francês "Le Figaro", após o recente lançamento de seu livro "A mancha".
"E essa atitude continua. Mesmo hoje em dia é impossível ver uma partida de baseball que não comece com o hino norte-americano e com invocações à memória de nossos heróis. A gente sente vontade de gritar: 'Chega. Parem com isso'."
Questionado se os Estados Unidos não perderam, com os atentados de 11 de setembro, sua inocência, Roth respondeu: "Que inocência? De 1668 a 1865, esse país conheceu a escravidão. De 1865 a 1955, uma sociedade que era cenário de uma segregação brutal. Sinceramente, não sei de que inocência vocês estão falando".
"A linguagem é sempre uma mentira, principalmente a linguagem pública. E é por isso que o que escrevemos Norman Mailer [outro candidato ao Nobel de Literatura], eu e alguns outros vai na corrente contra as mentiras", afirmou o autor de "O complexo de Portnoy".
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A guerra contra o terrorismo
Escritor americano denuncia "narcisismo" dos EUA pós-11 de setembro
da France Presse, em ParisO escritor norte-americano Philip Roth afirmou que "estamos assistindo desde o dia 11 de setembro de 2001 a uma onda de narcisismo nacional e a um sentimento gratuito de vítima designada, que é repugnante".
As declarações do escritor, cujo nome é citado entre os principais favoritos ao prêmio Nobel de Literatura, foram feitas ao jornal francês "Le Figaro", após o recente lançamento de seu livro "A mancha".
"E essa atitude continua. Mesmo hoje em dia é impossível ver uma partida de baseball que não comece com o hino norte-americano e com invocações à memória de nossos heróis. A gente sente vontade de gritar: 'Chega. Parem com isso'."
Questionado se os Estados Unidos não perderam, com os atentados de 11 de setembro, sua inocência, Roth respondeu: "Que inocência? De 1668 a 1865, esse país conheceu a escravidão. De 1865 a 1955, uma sociedade que era cenário de uma segregação brutal. Sinceramente, não sei de que inocência vocês estão falando".
"A linguagem é sempre uma mentira, principalmente a linguagem pública. E é por isso que o que escrevemos Norman Mailer [outro candidato ao Nobel de Literatura], eu e alguns outros vai na corrente contra as mentiras", afirmou o autor de "O complexo de Portnoy".
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