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01/10/2002 - 11h33

Cuba retira 500 mil de áreas de risco antes de passagem de furacão

da France Presse, em Havana

Mais de 500 mil pessoas foram retiradas, até a manhã de hoje, de áreas de risco em diversas regiões de Cuba, onde o furacão Lili, com ventos superiores a 140 km/h e intensas chuvas, atingia a Ilha da Juventude, no mar do Caribe.

Os primeiros informes da Defesa Civil afirmaram que os efeitos do furacão na região são devastadores, com chuvas e rajadas de vento superiores a 170 km/h, o que danificou cultivos e moradias, mas ainda sem o registro de vítimas.

A ilha, a primeira região do território cubano atingida pelo olho do furacão, ficou isolada e sem comunicações telefônicas. Apenas os informes de radioamadores estão dando conta da situação.

"Está pior do que durante o Isidore e o Michelle", afirmou um dos radioamadores, referindo-se a outros dois furacões que atingiram a região.

As projeções sobre o futuro rumo de Lili indicam que, depois de atravessar o ocidente de Cuba, irá para o golfo do México, ganhando intensidade, e fará sentir seus efeitos nas áreas costeiras mexicanas. O furacão deve atingir em cheio a costa sul dos Estados Unidos, provavelmente os Estados do Texas e Louisiana.

Há dez dias, o leste de Cuba foi atingido por outro furacão, Isidore, que depois deixou ao menos quatro mortos na península de Yucatán, no México. O Isidore atravessou posteriormente as águas do golfo do México e provocou chuvas torrenciais e inundações nos Estados de Louisiana e Mississippi, no EUA.

Os serviços de meteorologia prevêem que Lili poderia seguir um trajeto similar ao de Isidore.

Para ser considerado furacão, uma tempestade deve gerar ventos de ao menos 118 km/h. Lili é o quarto furacão da temporada, depois de Isidore, Gustav e Kyle. Os dois últimos, formados também em setembro no oceano Atlântico, não chegaram a terra firme.

Lili seguirá mantendo seu rumo nas próximas 24 horas, enquanto "se espera um aumento de sua velocidade de deslocamento e da intensidade de seus ventos", segundo James L. Franklin, do NHC.

Em novembro de 2001, outro furacão, Michelle, cruzou cuba com ventos superiores a 140 km/h deixando um saldo de cinco mortos e perdas de US$ 180 milhões.

Em outubro de 1996, um furacão também chamado Lili atravessou as regiões central e oeste da ilha destruindo 90 mil casas.

Leia mais no especial Furacões e Tufões
 

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