Publicidade
Publicidade
09/10/2002
-
12h51
Agentes do serviço secreto querem adotar tecnologia de ponta para os policiais: com um notebook e uma antena feita com uma lata de batatas fritas Pringles, é possível encontrar furos nas redes sem fio, em Washington.
A agência que protege o presidente e caça contraventores já começou a direcionar seu trabalho para essas falhas. "Todos querem redes sem fio. E a segurança sempre foi deixada para mais tarde", afirma o agente Wayne Peterson.
O esforço é parte de um novo plano do governo para criar um elo com as empresas e sentir-se mais à vontade para relatar tentativas de invasão às autoridades. Uma legislação contra o terrorismo, aprovada recentemente, deu ao FBI (polícia federal norte-americana) e ao serviço secreto jurisdição sobre crimes eletrônicos.
Com menos de US$ 200 é possível fazer uma rede sem fio. Quem circula com um notebook ou micro de mão pode se conectar, em trânsito, à rede do seu trabalho.
Essas redes estão se tornando comuns em aeroportos, universidades, cafés, residências e até em parques públicos. O problema é que elas são vendidas sem medida de segurança, e proteger uma rede sem fio de hackers exige mais instruções do que os guias de instalação de rede oferecem.
Devido à questão de segurança, a Casa Branca propôs recentemente banir algumas redes sem fio em agências federais. Depois de enfrentar protestos da indústria, o governo abandonou a idéia quando anunciou um projeto do seu plano de cibersegurança.
Isso levou alguns pesquisadores independentes na área de segurança a circular por cidades para mapear as redes. Esses mapas disponíveis em sites revelam onde obter uma conexão gratuita de internet em uma rede privada.
O serviço secreto quer avisar as empresas que suas conexões de internet e suas redes privadas podem correr riscos. Alertadas sobre furos na segurança, as companhias podem reconfigurar suas redes e torná-las mais seguras.
As ferramentas de Peterson são um notebook, um cartão de rede sem fio e três antenas montadas em seu carro. Uma delas é um fio de metal pequeno; a segunda é um tubo branco; a terceira é caseira e feita com uma lata de batatas fritas Pringles. As antenas captam os sinais do cartão de rede e permitem apontar para diferentes direções até conseguir o sinal.
A lata de Pringles é ideal por causa de seu formato -um tubo longo que permite que qualquer um aponte-o para edifícios específicos- e seu interior é de alumínio. Funciona como se fosse um satélite, coletando sinais e enviando-os ao receptor, que é depois conectado a um notebook.
Peterson recentemente circulou por uma rua de Washington e encontrou mais de 20 redes sem fio, muitas sem nenhuma segurança. O agente afirmou que seus testes eram parte de um bom trabalho da polícia, como um patrulheiro fazendo a ronda pela vizinhança.
O ato de "wardriving", termo derivado do antigo "wardialing" -programas que ligavam aleatoriamente para números de telefone buscando modems fora da lista-, pegou bem entre hackers e mesmo entre pesquisadores não interessados em acesso clandestino.
Eles chegam a marcar com giz nas ruas áreas em que é possível entrar em redes sem fio desprotegidas. É o warchalking (guerra com giz, já bem conhecido na Europa, mas do qual não há registro em Washington, afirma Peterson.
EUA usam lata de batatas fritas para procurar falhas em redes
da Folha de S. PauloAgentes do serviço secreto querem adotar tecnologia de ponta para os policiais: com um notebook e uma antena feita com uma lata de batatas fritas Pringles, é possível encontrar furos nas redes sem fio, em Washington.
A agência que protege o presidente e caça contraventores já começou a direcionar seu trabalho para essas falhas. "Todos querem redes sem fio. E a segurança sempre foi deixada para mais tarde", afirma o agente Wayne Peterson.
O esforço é parte de um novo plano do governo para criar um elo com as empresas e sentir-se mais à vontade para relatar tentativas de invasão às autoridades. Uma legislação contra o terrorismo, aprovada recentemente, deu ao FBI (polícia federal norte-americana) e ao serviço secreto jurisdição sobre crimes eletrônicos.
Com menos de US$ 200 é possível fazer uma rede sem fio. Quem circula com um notebook ou micro de mão pode se conectar, em trânsito, à rede do seu trabalho.
Essas redes estão se tornando comuns em aeroportos, universidades, cafés, residências e até em parques públicos. O problema é que elas são vendidas sem medida de segurança, e proteger uma rede sem fio de hackers exige mais instruções do que os guias de instalação de rede oferecem.
Devido à questão de segurança, a Casa Branca propôs recentemente banir algumas redes sem fio em agências federais. Depois de enfrentar protestos da indústria, o governo abandonou a idéia quando anunciou um projeto do seu plano de cibersegurança.
Isso levou alguns pesquisadores independentes na área de segurança a circular por cidades para mapear as redes. Esses mapas disponíveis em sites revelam onde obter uma conexão gratuita de internet em uma rede privada.
O serviço secreto quer avisar as empresas que suas conexões de internet e suas redes privadas podem correr riscos. Alertadas sobre furos na segurança, as companhias podem reconfigurar suas redes e torná-las mais seguras.
As ferramentas de Peterson são um notebook, um cartão de rede sem fio e três antenas montadas em seu carro. Uma delas é um fio de metal pequeno; a segunda é um tubo branco; a terceira é caseira e feita com uma lata de batatas fritas Pringles. As antenas captam os sinais do cartão de rede e permitem apontar para diferentes direções até conseguir o sinal.
A lata de Pringles é ideal por causa de seu formato -um tubo longo que permite que qualquer um aponte-o para edifícios específicos- e seu interior é de alumínio. Funciona como se fosse um satélite, coletando sinais e enviando-os ao receptor, que é depois conectado a um notebook.
Peterson recentemente circulou por uma rua de Washington e encontrou mais de 20 redes sem fio, muitas sem nenhuma segurança. O agente afirmou que seus testes eram parte de um bom trabalho da polícia, como um patrulheiro fazendo a ronda pela vizinhança.
O ato de "wardriving", termo derivado do antigo "wardialing" -programas que ligavam aleatoriamente para números de telefone buscando modems fora da lista-, pegou bem entre hackers e mesmo entre pesquisadores não interessados em acesso clandestino.
Eles chegam a marcar com giz nas ruas áreas em que é possível entrar em redes sem fio desprotegidas. É o warchalking (guerra com giz, já bem conhecido na Europa, mas do qual não há registro em Washington, afirma Peterson.
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Novo acelerador de partículas brasileiro deve ficar pronto até 2018
- Robôs que fazem sexo ficam mais reais e até já respondem a carícias
- Maratona hacker da ONU premia app que conecta médico a pacientes do SUS
- Confira lista de feeds do site da Folha
- Facebook e Google colaboram para combater notícias falsas na França
+ Comentadas