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09/10/2002
-
14h02
A associação de correspondentes estrangeiros credenciados na Itália enviou nesta quarta-feira uma carta ao cineasta italiano Roberto Benigni para protestar contra a proibição feita aos jornalistas estrangeiros de assistirem ao lançamento na Itália de seu novo filme "Pinocchio", que será exibido ao público a partir de 11 de outubro.
Segundo os colaboradores do cineasta, a decisão foi tomada porque a versão do filme para o público estrangeiro será diferente da preparada para o mercado italiano, que é mais longa.
"Não só não fomos convidados, mas sua assessoria de imprensa definiu nossa presença 'absolutamente não-apreciada'", escreveu o jornalista dinamarquês Peter Loewe, vice-presidente da associação, à qual pertencem os principais jornais do mundo.
"Se o lançamento de Pinocchio é um evento mundial (...) a exclusão da imprensa internacional é ainda mais incompreensível", sustenta o crítico de cinema Loewe, representante dos jornais "Dagens Nyheter" (dinamarquês) e "Hufvudstadsbladet" (finlandês).
Para Loewe, a política de marketing do cineasta italiano "nos obriga a escrever o que os demais opinam".
"O jornal 'Il Messaggero' escreveu que o filme decepcionou a crítica. Será verdade? Não podemos dizer, já que não vimos nem o filme nem seu realizador", concluiu.
O filme foi apresentado somente à mídia italiana. A imprensa estrangeira foi afastada também da entrevista coletiva que ocorreu depois da exibição.
Benigni, que obteve sucesso internacional com "A Vida é Bela", premiado em Cannes e ganhador de três OscarS, tem sido alvo de ataques da mídia local por seu comportamento, definido excessivamente orientado para a própria promoção comercial.
Os fotógrafos italianos que cobriram a cerimônia, NA segunda-feira passada, na qual Benigni recebeu o título de doutor honoris causa da Universidade de Bolonha, não puderam entrar na sala porque as imagens foram concedidas de forma exclusiva a uma empresa, Melampo Cinematografica, de propriedade do artista.
Os fotógrafos se vingaram publicando uma única foto sem o rosto do ator.
Imprensa estrangeira protesta contra o cineasta Roberto Benigni
da France Presse, em RomaA associação de correspondentes estrangeiros credenciados na Itália enviou nesta quarta-feira uma carta ao cineasta italiano Roberto Benigni para protestar contra a proibição feita aos jornalistas estrangeiros de assistirem ao lançamento na Itália de seu novo filme "Pinocchio", que será exibido ao público a partir de 11 de outubro.
Segundo os colaboradores do cineasta, a decisão foi tomada porque a versão do filme para o público estrangeiro será diferente da preparada para o mercado italiano, que é mais longa.
"Não só não fomos convidados, mas sua assessoria de imprensa definiu nossa presença 'absolutamente não-apreciada'", escreveu o jornalista dinamarquês Peter Loewe, vice-presidente da associação, à qual pertencem os principais jornais do mundo.
"Se o lançamento de Pinocchio é um evento mundial (...) a exclusão da imprensa internacional é ainda mais incompreensível", sustenta o crítico de cinema Loewe, representante dos jornais "Dagens Nyheter" (dinamarquês) e "Hufvudstadsbladet" (finlandês).
Para Loewe, a política de marketing do cineasta italiano "nos obriga a escrever o que os demais opinam".
"O jornal 'Il Messaggero' escreveu que o filme decepcionou a crítica. Será verdade? Não podemos dizer, já que não vimos nem o filme nem seu realizador", concluiu.
O filme foi apresentado somente à mídia italiana. A imprensa estrangeira foi afastada também da entrevista coletiva que ocorreu depois da exibição.
Benigni, que obteve sucesso internacional com "A Vida é Bela", premiado em Cannes e ganhador de três OscarS, tem sido alvo de ataques da mídia local por seu comportamento, definido excessivamente orientado para a própria promoção comercial.
Os fotógrafos italianos que cobriram a cerimônia, NA segunda-feira passada, na qual Benigni recebeu o título de doutor honoris causa da Universidade de Bolonha, não puderam entrar na sala porque as imagens foram concedidas de forma exclusiva a uma empresa, Melampo Cinematografica, de propriedade do artista.
Os fotógrafos se vingaram publicando uma única foto sem o rosto do ator.
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