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18/07/2002
-
12h56
da Folha de S.Paulo
Pode ser que a imagem do farmacêutico atrás do balcão de uma drogaria atraia muitos vestibulandos para a carreira de farmácia. Entretanto, após entrar no curso, o estudante percebe que há outras ocupações que ele pode exercer.
Foi o que aconteceu com Sandro Pires, 25, que pretendia trabalhar em farmácias quando escolheu a carreira, mas, na faculdade, acabou atraído pela área de indústrias de medicamentos.
Hoje, já formado, ele trabalha no controle de qualidade de medicamentos da Bayer. "Nós analisamos as matérias-primas utilizadas, controlamos a qualidade e vemos se o produto final está dentro das qualificações no que se refere à umidade, à concentração de princípio ativo, à microbiologia e ao tamanho, entre outros itens."
Já Érika Caponi, 25, estagiária da indústria de medicamentos Aché, trabalha na atualização das bulas dos remédios e já passou pela seção de atendimento a profissionais e a estudantes.
"Eu já gostava da área de medicamentos, por isso procurei um estágio na área", disse ela, que está no quinto ano do curso nas Faculdades Oswaldo Cruz.
Na habilitação em fármacos e medicamentos, pode-se escolher também trabalhar somente com cosméticos, ajudando no desenvolvimento de novos produtos e analisando suas ações no corpo humano. "Só o farmacêutico tem conhecimentos de química e da parte biológica. Nós conhecemos a estrutura da pele e o que é mais bem aceito pelo corpo", disse Karla Araujo Macian, que trabalha na Natura.
Esse aprofundamento nas duas disciplinas é a principal característica do curso. "Para conhecer o medicamento, é preciso saber como ele é produzido, as reações que sofre no organismo, seu princípio ativo, o que requer conhecimentos de química. Por outro lado, tem de saber como ele atua no corpo humano, por isso há um enfoque na área biológica", disse Fábio Ribeiro da Silva, diretor da Faculdade de Farmácia da Unisa (Universidade de Santo Amaro).
Alimentos e análise
Além de fármacos e medicamentos, o curso de farmácia permite ao aluno escolher mais duas especializações: em alimentos e em análises clínicas.
O farmacêutico pode trabalhar em indústrias alimentícias, fazendo o controle de microorganismos, entre outras ocupações. "Se um paciente só pode receber alimentos diretamente na veia, o farmacêutico sabe como preparar a solução para que tenha todos os componentes necessários e não haja interações com os outros medicamentos", disse José Paschoal Batistuti, professor do departamento de alimentos da Unesp.
Na área de análises clínicas, a atuação no mercado é semelhante a do profissional de biomedicina. Farmacêuticos e biomédicos podem trabalhar em laboratórios fazendo análises laboratoriais, como exames para detectar parasitas, anemias e substâncias tóxicas.
Uma medida do MEC, a ser colocada em prática a partir de 2003, irá pôr fim a divisão em três habilitações. A partir do ano que vem, as faculdades formarão farmacêuticos generalistas. "Vamos oferecer as matérias específicas na forma de disciplinas optativas, possibilitando ao aluno aprofundar-se naquelas em que tenha mais interesse", diz Batistuti.
Indústria é melhor opção para quem quer fazer farmácia
ANDRÉ NICOLETTIda Folha de S.Paulo
Pode ser que a imagem do farmacêutico atrás do balcão de uma drogaria atraia muitos vestibulandos para a carreira de farmácia. Entretanto, após entrar no curso, o estudante percebe que há outras ocupações que ele pode exercer.
Foi o que aconteceu com Sandro Pires, 25, que pretendia trabalhar em farmácias quando escolheu a carreira, mas, na faculdade, acabou atraído pela área de indústrias de medicamentos.
Hoje, já formado, ele trabalha no controle de qualidade de medicamentos da Bayer. "Nós analisamos as matérias-primas utilizadas, controlamos a qualidade e vemos se o produto final está dentro das qualificações no que se refere à umidade, à concentração de princípio ativo, à microbiologia e ao tamanho, entre outros itens."
Já Érika Caponi, 25, estagiária da indústria de medicamentos Aché, trabalha na atualização das bulas dos remédios e já passou pela seção de atendimento a profissionais e a estudantes.
"Eu já gostava da área de medicamentos, por isso procurei um estágio na área", disse ela, que está no quinto ano do curso nas Faculdades Oswaldo Cruz.
Na habilitação em fármacos e medicamentos, pode-se escolher também trabalhar somente com cosméticos, ajudando no desenvolvimento de novos produtos e analisando suas ações no corpo humano. "Só o farmacêutico tem conhecimentos de química e da parte biológica. Nós conhecemos a estrutura da pele e o que é mais bem aceito pelo corpo", disse Karla Araujo Macian, que trabalha na Natura.
Esse aprofundamento nas duas disciplinas é a principal característica do curso. "Para conhecer o medicamento, é preciso saber como ele é produzido, as reações que sofre no organismo, seu princípio ativo, o que requer conhecimentos de química. Por outro lado, tem de saber como ele atua no corpo humano, por isso há um enfoque na área biológica", disse Fábio Ribeiro da Silva, diretor da Faculdade de Farmácia da Unisa (Universidade de Santo Amaro).
Alimentos e análise
Além de fármacos e medicamentos, o curso de farmácia permite ao aluno escolher mais duas especializações: em alimentos e em análises clínicas.
O farmacêutico pode trabalhar em indústrias alimentícias, fazendo o controle de microorganismos, entre outras ocupações. "Se um paciente só pode receber alimentos diretamente na veia, o farmacêutico sabe como preparar a solução para que tenha todos os componentes necessários e não haja interações com os outros medicamentos", disse José Paschoal Batistuti, professor do departamento de alimentos da Unesp.
Na área de análises clínicas, a atuação no mercado é semelhante a do profissional de biomedicina. Farmacêuticos e biomédicos podem trabalhar em laboratórios fazendo análises laboratoriais, como exames para detectar parasitas, anemias e substâncias tóxicas.
Uma medida do MEC, a ser colocada em prática a partir de 2003, irá pôr fim a divisão em três habilitações. A partir do ano que vem, as faculdades formarão farmacêuticos generalistas. "Vamos oferecer as matérias específicas na forma de disciplinas optativas, possibilitando ao aluno aprofundar-se naquelas em que tenha mais interesse", diz Batistuti.
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