Publicidade
Publicidade
27/09/2001
-
09h50
especial para a Folha de S.Paulo
As questões relativas às vozes verbais são bastante freqüentes nos vestibulares. Geralmente o examinador pede ao candidato que faça transformações da voz ativa em passiva e vice-versa.
Voz verbal é uma categoria gramatical que indica a relação entre o sujeito, o verbo e o objeto da oração. O sujeito pode praticar ou sofrer a ação expressa pelo verbo. Se a pratica, a voz é ativa; se a sofre, a voz é passiva.
Na imprensa, existe certa predileção pelo uso da passiva, pois essa construção permite privilegiar a ação, não seu autor. Numa frase como: "Foram encontrados mais dois corpos sob os escombros", pouco importa o agente da ação, ou seja, quem encontrou os corpos -é o fato em si que sobressai.
Em certa prova da Fuvest, transcrevia-se trecho de "Memórias Póstumas de Brás Cubas", de Machado de Assis, e pedia-se ao aluno que passasse os verbos para a voz passiva. O fragmento traz uma lembrança da infância do narrador, quando fazia suas traquinagens à vontade e dificilmente era admoestado por seu pai: "...e se às vezes me repreendia, à vista de gente, fazia-o por simples formalidade...". Os verbos estão na voz ativa, pois, em ambos os casos, o sujeito (elíptico) é que pratica a ação.
Na voz passiva, o objeto direto da ativa assume a função de sujeito. O objeto direto de repreendia é o pronome pessoal do caso oblíquo átono me. Ao transformá-lo em sujeito, ele passa para o caso reto (eu). Ao verbo se acrescenta um auxiliar -normalmente o verbo ser- no mesmo tempo e modo do verbo da oração dada.
O segundo verbo, chamado verbo vicário, substitui o anterior, evitando uma repetição. Tem como objeto direto um pronome demonstrativo, não um pronome pessoal. A forma o equivale a isso. Fazia-o quer dizer, no contexto, repreendia-me à vista de gente. Assim, na passiva, ao tornar-se sujeito, o pronome o não se converte em ele (caso reto), mas em isso (demonstrativo). Então teremos: "...e se às vezes eu era repreendido à vista de gente, isso era feito por simples formalidade".
Esse tema é bastante amplo e ainda voltará a este espaço.
----------------------------------------------------------------------
Thaís Nicoleti de Camargo é consultora de língua portuguesa da Folha e apresentadora das aulas de gramática do programa "Vestibulando", da TV Cultura
Fovest - 27.set.2001
RESUMÃO
Geografia
Química
Atualidades
Matemática
História
PROFISSÕES
Mundo do publicitário vai além da criação
3º setor impulsiona carreira do publicitário
Saiba mais sobre a profissão
CAPA
Cursos de curta duração podem ser boa opção
Cursos seqüenciais limitam a área de atuação
Universidades estaduais de SP querem criar seqüencial
MEC regulamentou cursos seqüenciais em 1999
Tire suas dúvidas sobre os cursos seqüenciais
PROGRAMA
Filme capta essência do livro "A Hora da Estrela"
Resumão/português - Sobre a voz passiva analítica
THAÍS NICOLETI DE CAMARGOespecial para a Folha de S.Paulo
As questões relativas às vozes verbais são bastante freqüentes nos vestibulares. Geralmente o examinador pede ao candidato que faça transformações da voz ativa em passiva e vice-versa.
Voz verbal é uma categoria gramatical que indica a relação entre o sujeito, o verbo e o objeto da oração. O sujeito pode praticar ou sofrer a ação expressa pelo verbo. Se a pratica, a voz é ativa; se a sofre, a voz é passiva.
Na imprensa, existe certa predileção pelo uso da passiva, pois essa construção permite privilegiar a ação, não seu autor. Numa frase como: "Foram encontrados mais dois corpos sob os escombros", pouco importa o agente da ação, ou seja, quem encontrou os corpos -é o fato em si que sobressai.
Em certa prova da Fuvest, transcrevia-se trecho de "Memórias Póstumas de Brás Cubas", de Machado de Assis, e pedia-se ao aluno que passasse os verbos para a voz passiva. O fragmento traz uma lembrança da infância do narrador, quando fazia suas traquinagens à vontade e dificilmente era admoestado por seu pai: "...e se às vezes me repreendia, à vista de gente, fazia-o por simples formalidade...". Os verbos estão na voz ativa, pois, em ambos os casos, o sujeito (elíptico) é que pratica a ação.
Na voz passiva, o objeto direto da ativa assume a função de sujeito. O objeto direto de repreendia é o pronome pessoal do caso oblíquo átono me. Ao transformá-lo em sujeito, ele passa para o caso reto (eu). Ao verbo se acrescenta um auxiliar -normalmente o verbo ser- no mesmo tempo e modo do verbo da oração dada.
O segundo verbo, chamado verbo vicário, substitui o anterior, evitando uma repetição. Tem como objeto direto um pronome demonstrativo, não um pronome pessoal. A forma o equivale a isso. Fazia-o quer dizer, no contexto, repreendia-me à vista de gente. Assim, na passiva, ao tornar-se sujeito, o pronome o não se converte em ele (caso reto), mas em isso (demonstrativo). Então teremos: "...e se às vezes eu era repreendido à vista de gente, isso era feito por simples formalidade".
Esse tema é bastante amplo e ainda voltará a este espaço.
----------------------------------------------------------------------
Thaís Nicoleti de Camargo é consultora de língua portuguesa da Folha e apresentadora das aulas de gramática do programa "Vestibulando", da TV Cultura
Fovest - 27.set.2001
RESUMÃO
PROFISSÕES
CAPA
PROGRAMA
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Avaliação reprova 226 faculdades do país pelo 4º ano consecutivo
- Dilma aprova lei que troca dívidas de universidades por bolsas
- Notas das melhores escolas paulistas despencam em exame; veja
- Universidades de SP divulgam calendário dos vestibulares 2013
- Mercadante diz que não há margem para reajuste maior aos docentes
+ Comentadas
- Câmara sinaliza absolvição de deputados envolvidos com Cachoeira
- Alunos com bônus por raça repetem mais na Unicamp
+ EnviadasÍndice