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23/01/2001 - 12h15

Universidades públicas mantêm moradia gratuita

da Folha de S.Paulo

Para quem vai estudar fora de sua cidade, ou até de seu Estado, e quer gastar pouco, a melhor opção é a moradia estudantil.

Essa é a opinião de Renato Araújo, 27, estudante do 4º ano de filosofia da USP. Desde 1999, ele mora no Crusp (Conjunto Residencial da USP), onde divide um apartamento de três quartos com mais dois estudantes.

Araújo, que é secretário da Amorcrusp (Associação de Moradores do Crusp), morou durante os dois primeiros anos de faculdade em Itaquera (zona leste de São Paulo). "Gastava cerca de quatro, cinco horas só para me locomover entre a minha casa e a universidade. Depois que vim morar no Crusp, comecei a estudar mais, minha nota média aumentou", afirma o estudante.

O Crusp, que fica dentro da USP, é a maior moradia estudantil do país. É formado por sete edifícios e tem cerca de 1.200 estudantes de graduação e pós-graduação. Assim como outras moradias do gênero, é mantido com verbas públicas e por isso tem uma série de critérios para a admissão de novos moradores.

Em geral, as moradias públicas têm como principal exigência a condição socioeconômica dos candidatos. Morar na mesma cidade da faculdade não exclui, mas diminui bastante as chances de quem quer uma vaga.

As principais universidades públicas paulistas oferecem moradia a seus alunos. Todas gratuitas. Além da USP, Unicamp e Unesp têm esse tipo de benefício. Na Unicamp, a moradia estudantil conta com 226 casas (com capacidade para quatro estudantes cada uma) e 27 "estúdios" (destinados a casais). Está localizada a seis quilômetros do campus, na Vila Santa Izabel, em Campinas (99 km a noroeste de São Paulo). As inscrições podem ser feitas de 13 a 20 de fevereiro e é preciso levar uma série de documentos. Informações podem ser obtidas no site da Internet www.prg.unicamp.br/ moradia ou pelo telefone 0/xx/19/ 3788-7792.

A Unesp, que possui 11 moradias espalhadas pelo Estado de São Paulo, oferece um total de 914 vagas. Segundo a assessoria de comunicação da universidade, a vaga deve ser requisitada pelo aluno no ato da matrícula.

O Crusp, que vai oferecer neste semestre entre 130 e 180 vagas, receberá inscrições de 12 de fevereiro a 16 de março. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone 0/xx/11/3818-3420.

"Não há um padrão específico para o aluno ser admitido", diz Marisa Luppi, 38, diretora de promoção social da Coseas (Coordenadoria de Assistência Social), que administra o Crusp.

Paraná

Em Curitiba, no centro da cidade e a menos de 1 km da reitoria da UFPR, está localizada a maior moradia não-pública de estudantes do Brasil. Com cerca de 400 vagas, para alunos de graduação, pós-graduação e até de cursinhos pré-vestibulares, a CEU (Casa do Estudante Universitário, 0/xx/41/ 222-4911) recebe alunos de qualquer universidade e também dá preferência a alunos carentes.

O aluno do mestrado em filosofia da UFPR Luciano Donizetti da Silva, 25, morou na CEU de 1996 até 1999 quando fazia a graduação em filosofia e voltou à casa no meio do ano passado.

"Gasto cerca de R$ 100 para viver aqui, com direito a café da manhã, roupa lavada e passada e a comodidade de morar no centro, perto da faculdade", diz.

"A moradia é o mínimo que o Estado tem de oferecer para os alunos de baixa renda", diz a assistente social do Serviço de Atendimento ao Estudante da Unicamp Maria José Faria Eleotério, 43. "Se um aluno carente consegue ultrapassar todas as barreiras e chegar à universidade pública, ele tem de ter essa garantia."

(ALESSANDRO TARSO)

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