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03/10/2002 - 11h52

Profissional de serviço social atua sobre carências da população

LUIS RENATO STRAUSS
da Folha de S.Paulo

Crianças abandonadas, mulheres maltratadas, doentes em busca de vagas em hospitais e pessoas dependentes de drogas ou que vivem nas ruas. Essa população é o foco de trabalho do assistente social _profissional que, ao final da graduação, vai estar habilitado a reconhecer as necessidades desses indivíduos e a propor formas de ação para integrá-los à sociedade ou para buscar o seu bem-estar social.

O assistente social passa pouco tempo de seu trabalho atrás de uma mesa de escritório, pois precisa verificar in loco o dia-a-dia da população à qual presta auxílio. Para obter respostas objetivas sobre as necessidades do grupo a ser atendido, o profissional deve comparar os problemas enfrentados por essas pessoas à realidade social, econômica e política de cada região.

O principal campo de atuação desse profissional são os órgãos públicos. Grande parcela das prefeituras e dos governos estaduais desenvolve políticas de assistência social por meio de secretarias ou de coordenadorias criadas especificamente para esse fim.

"As funções do profissional na Secretaria de Assistência Social são dar assistência para entidades conveniadas, emitir pareceres sobre os projetos e supervisionar locais de atendimento como creches, albergues e centros de juventudes", afirma Ademir Alves da Silva, assessor técnico da Secretaria de Assistência Social da Prefeitura de São Paulo.

No entanto, segundo Silva, o trabalho na secretaria também pode ser exercido por outros profissionais, como os psicólogos. Ou seja, o assistente social não possui um campo exclusivo de atuação no setor público.

Outras áreas de atuação estão relacionadas a entidades não-governamentais _em que são desenvolvidas campanhas de alimentação, de saúde, de educação etc._ ou a empresas, quando se trata do quadro de recursos humanos, em que o assistente social acompanha o bem-estar dos funcionários.

Segundo Vânia Maria Caio, diretora da Faculdade de Serviço Social da PUC-Campinas (Pontifícia Universidade Católica de Campinas), atualmente cerca de 50% da força de trabalho do assistente social é absorvida pelo setor de saúde. "Na área da saúde, são tratadas não apenas as doenças clínicas mas também as sociais, geradas pela desestruturação familiar, pela violência e pelo desemprego, por exemplo."

Campos tradicionais desse setor são oferecidos nos postos de saúde e nos hospitais, onde é possível receber orientação profissional.

Mão na massa
Telma Aparecida do Nascimento, 25, formada há dois anos, trabalha em um projeto da Secretaria de Assistência Social da Prefeitura de São Paulo para beneficiar moradores de rua do Ipiranga, zona sul da cidade. Em uma pesquisa, foi constatado que há na região cerca de cem pessoas nessas condições.

Com o objetivo de saber quais eram as necessidades dessa população, a primeira etapa dos trabalhos concentrou-se na identificação e no acompanhamento dos moradores, que, em seguida, discutiram com os funcionários da prefeitura as suas necessidades.

Finalmente, a equipe de planejamento compôs um programa específico para esse grupo.

"Elas precisavam de um centro de referência durante o dia, onde lavassem roupas e cozinhassem, por exemplo, e que pudesse ser indicado como endereço quando procurassem emprego. Ainda necessitavam de albergue. A construção desses locais é o passo inicial para que essas pessoas consigam sair da rua", afirma Telma.

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