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26/09/2002 - 12h14

Curso de engenharia de alimentos não tem nada a ver com nutrição

ANDRÉ NICOLETTI
da Folha de S.Paulo

Se quiser ver um engenheiro de alimentos bravo, pergunte-lhe se o que ele faz é nutrição. Isso porque as duas atividades, apesar de lidarem com o estudo de alimentos, são muito diferentes.

Antes de optar por uma delas, é importante saber que nutrição é um curso da área de saúde, com atuação sobretudo em hospitais e restaurantes, e engenharia de alimentos é um curso tecnológico, que é exercido principalmente em indústrias.

O engenheiro de alimentos é o profissional responsável por projetar novos produtos alimentícios, além de máquinas e da linha de produção. No caso de indústrias já instaladas, ele acompanha o processo de produção -escolhe as matérias-primas, faz o controle de microrganismos, verifica a qualidade do produto final-, assim como cuida da forma como o produto será estocado e também distribuído.

"Após alguém criar uma pequena porção de um alimento que agrada a todos, o engenheiro será o responsável por viabilizar a produção industrial de duas toneladas por dia desse produto", disse Adelino Martins Ferreira Gomes, chefe do Departamento de Engenharia Química e de Alimentos da Escola de Engenharia Mauá.

O engenheiro também pode fazer estudos sobre a viabilidade econômica do produto, isto é, sobre a existência de potenciais consumidores e a quantidade de unidades a serem produzidas.

A principal função da engenheira Marina Camasmie, 25, da Abima (Associação Brasileira das Indústrias de Massas Alimentícias), é garantir a qualidade da produção de massas para que as indústrias recebam o selo de qualidade. Ela encaminha amostras dos produtos para análises laboratoriais e acompanha os resultados. Por isso seu trabalho é em grande parte exercido no escritório.

Marina também já trabalhou em departamentos de desenvolvimento de novos produtos. "Lá era mais "mão na massa". Voltava com cortes nos dedos e com o avental todo sujo de sangue, mas, mesmo assim, era muito legal."

Outra área de atuação pela qual ela passou foi a da marketing especializado em máquinas e aditivos, como conservantes, acidulantes e estabilizantes. Por serem produtos muito específicos e geralmente caros, as empresas que os vendem precisam de pessoas com conhecimentos na área para dar explicações aos compradores e os auxiliarem a utilizá-los.

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