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07/11/2000
-
10h36
especial para a Folha de S.Paulo
Vista da vastidão do espaço, a Terra é um planeta admirável: sob a luz do Sol, ela é azul e recoberta por água (nos oceanos, geleiras, rios, cumes das montanhas e atmosfera) e, à noite, mostra pontos de luz não-natural.
Alguns sensores indicariam fontes de energia, emanações gasosas e emissões de sinais eletromagnéticos. Em outras palavras, a Terra não só possui condições favoráveis para sustentar vida; possui vários indícios de vida inteligente.
Quando olhamos para o espaço e pensamos na possibilidade de vida em outros planetas, nós nos lembramos da água: "Sinais de água em Marte!"; "Satélites são cobertos de gelo!".
Quando olhamos para o passado da humanidade, recordamos as grandes civilizações que floresceram às margens dos rios. Quando olhamos para o microscópio, constatamos que somos essencialmente formados de água. Então, como o homem se relaciona com a água?
Sabemos que, do total de água disponível no planeta, 97% se distribuem pelos oceanos, 2% aparecem nas geleiras e o resto está à nossa disposição.
A água é um recurso finito. A oferta de água utilizável não tem aumentado, mas a população cresce em ritmo acelerado (mais 2 bilhões em 25 anos); em 2.025, 70% da humanidade sofrerá com a falta de água, contra os 50% de hoje; milhões de pessoas adoecem diariamente, vítimas de diarréia e esquistossomose, devido ao consumo de água não-tratada. Quanto isso custa em remédios, leitos hospitalares e pessoal?
Por outro lado, não sabemos usar a água:
1) Metade da água que se usa na irrigação agrícola é perdida;
2) Desmatamentos, urbanização indiscriminada e uso intensivo das águas superficiais secam mananciais, rebaixam os aquíferos e encarecem a extração da água subterrânea, que, aliás, representa 98% da água doce do planeta;
3) Esgoto doméstico, lixo e resíduos industriais, agrícolas e da mineração poluem fontes superficiais e subterrâneas;
4) A água tratada é muito cara, e as redes de distribuição perdem água por causa da manutenção precária;
5) O aumento do consumo faz que a água destinada à irrigação seja desviada para as cidades, o que diminui a produção agrícola e obriga alguns países, como a China e a Índia, a importar alimentos;
6) Como ela é mal distribuída, os riscos de conflitos pela sua posse são grandes e aumentam a cada dia. O Oriente Médio é exemplo.
Em suma, temos água, temos vida e, quanto à inteligência, há controvérsias.
Márcio Masatoshi Kondo é professor da Cia. de Ética, do Objetivo de Americana, do CLQ-Objetivo de Piracicaba e de Limeira e do Positivo de Capivari
Leia mais sobre vestibular no Fovest Online
RESUMÃO/GEOGRAFIA: Um mundo sem água
MÁRCIO MASATOSHI KONDOespecial para a Folha de S.Paulo
Vista da vastidão do espaço, a Terra é um planeta admirável: sob a luz do Sol, ela é azul e recoberta por água (nos oceanos, geleiras, rios, cumes das montanhas e atmosfera) e, à noite, mostra pontos de luz não-natural.
Alguns sensores indicariam fontes de energia, emanações gasosas e emissões de sinais eletromagnéticos. Em outras palavras, a Terra não só possui condições favoráveis para sustentar vida; possui vários indícios de vida inteligente.
Quando olhamos para o espaço e pensamos na possibilidade de vida em outros planetas, nós nos lembramos da água: "Sinais de água em Marte!"; "Satélites são cobertos de gelo!".
Quando olhamos para o passado da humanidade, recordamos as grandes civilizações que floresceram às margens dos rios. Quando olhamos para o microscópio, constatamos que somos essencialmente formados de água. Então, como o homem se relaciona com a água?
Sabemos que, do total de água disponível no planeta, 97% se distribuem pelos oceanos, 2% aparecem nas geleiras e o resto está à nossa disposição.
A água é um recurso finito. A oferta de água utilizável não tem aumentado, mas a população cresce em ritmo acelerado (mais 2 bilhões em 25 anos); em 2.025, 70% da humanidade sofrerá com a falta de água, contra os 50% de hoje; milhões de pessoas adoecem diariamente, vítimas de diarréia e esquistossomose, devido ao consumo de água não-tratada. Quanto isso custa em remédios, leitos hospitalares e pessoal?
Por outro lado, não sabemos usar a água:
1) Metade da água que se usa na irrigação agrícola é perdida;
2) Desmatamentos, urbanização indiscriminada e uso intensivo das águas superficiais secam mananciais, rebaixam os aquíferos e encarecem a extração da água subterrânea, que, aliás, representa 98% da água doce do planeta;
3) Esgoto doméstico, lixo e resíduos industriais, agrícolas e da mineração poluem fontes superficiais e subterrâneas;
4) A água tratada é muito cara, e as redes de distribuição perdem água por causa da manutenção precária;
5) O aumento do consumo faz que a água destinada à irrigação seja desviada para as cidades, o que diminui a produção agrícola e obriga alguns países, como a China e a Índia, a importar alimentos;
6) Como ela é mal distribuída, os riscos de conflitos pela sua posse são grandes e aumentam a cada dia. O Oriente Médio é exemplo.
Em suma, temos água, temos vida e, quanto à inteligência, há controvérsias.
Márcio Masatoshi Kondo é professor da Cia. de Ética, do Objetivo de Americana, do CLQ-Objetivo de Piracicaba e de Limeira e do Positivo de Capivari
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