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08/08/2002 - 11h08

Curso de economia exige do estudante conhecimentos matemáticos

ANDRÉ NICOLETTI
da Folha de S.Paulo

Fazer faculdade de economia pode ser uma boa opção para o vestibulando que gosta das matérias de humanas, mas não dispensa exercícios de matemática. Isso porque, apesar de ser considerada uma ciência humana, a economia utiliza ferramentas matemáticas, que são ensinadas na graduação.

No curso da USP, por exemplo, logo nos dois primeiros semestres, o estudante tem de assistir a aulas iguais às do curso de engenharia, como cálculo diferencial e integral e probabilidade e estatística. Essas matérias são importantes para que o futuro economista possa analisar os cenários econômicos _atividade em que também são necessárias matérias de humanas, como a política e a história econômica.

Já na Unicamp, o aspecto quantitativo do curso não é tão enfatizado. "Os métodos quantitativos vêm crescendo em nosso currículo, mas nós os encaramos como ferramentas para outros eixos de nossa formação, como teoria e política econômica, métodos quantitativos aplicados à economia, à história econômica e à economia internacional", disse Maria Alejandra Madi, coordenadora-assistente do curso de graduação da universidade.

Os conhecimentos matemáticos são importantes para o economista porque ele é responsável por analisar os dados econômicos, como índices e cotações, para definir as causas de uma crise, por exemplo, como será o futuro e de qual maneira a empresa deverá reagir. Dependendo da análise feita, a empresa poderá decidir se é o momento certo de investir em uma nova fábrica, se deve aumentar a produção, se deve tomar ou fazer um empréstimo ou como deve investir seu dinheiro.

"Se a empresa fosse um navio, o economista seria a pessoa que fica em cima do mastro, olhando mais longe, de um ponto mais favorável, o que está acontecendo e o que está por vir", disse Manuel Enriquez Garcia, coordenador de graduação de economia da USP.

Com a proximidade das eleições, o cálculo de risco e a avaliação de como políticas econômicas podem interferir nas empresas e no resto da economia são atividades que estão em evidência.

Os profissionais podem trabalhar em empresas do sistema financeiro, como bancos, em companhias privadas, em órgãos do governo, como ministérios, Banco Central e Receita Federal ou em consultorias independentes.

O estudante da USP Fernando Takashi Kanemoto, 21, faz estágio na seção de consultoria econômica do banco Itaú, coletando dados e preparando-os para a análise. Para ele, o principal atrativo da carreira é poder entender melhor os problemas econômicos e sociais do mundo. "O curso nos faz pensar como a economia evolui, e podemos ter uma visão melhor dos fatos, com nossa própria opinião e posicionamento."

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