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06/12/2002
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14h14
Editor de Economia da Folha Online
O polêmico secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Paul O'Neill, não deixará saudades nem nos Estados Unidos nem no mundo desenvolvido ou emergente.
Especialista em criar ''saia justa'', foi de O'Neill pérolas como a taxa de juros no Brasil é alta devido à corrupção. Também afirmou que países como Brasil e Argentina precisavam assegurar que o dinheiro do FMI não iria parar em ''conta na Suíça''.
O Nobel de Economia, Joseph Stiglitz, conta sempre que o mesmo O'Neill que se recusava a socorrer empresas em dificuldades pedia ajuda e subsídios para a Alcoa, multinacional do alumínio que presidia. O'Neill bateu à porta de Stiglitz, quando o Nobel era assessor econômico da Casa Branca, no governo de Bill Clinton.
Pelas suas gafes, quase não foi recebido pelo presidente de um país emergente, do hemisfério pobre, como Fernando Henrique Cardoso.
Como secretário de Estado (ministro) do maior ''acionista'' do FMI, O'Neill foi um dos maiores opositores ao socorro à Argentina.
''Estamos trabalhando para encontrar uma Argentina sustentável, não uma Argentina que continue a gastar o dinheiro de carpinteiros e encanadores americanos que se perguntam que diabos estamos fazendo com o dinheiro deles'', disse.
Na Argentina, foi recebido com panelaço e ovo podre.
Ao governo Lula a derrocada de O'Neill é um recado de que executivos de excepcional atuação na iniciativa privada podem ser um desastre na administração pública.
O'Neill não estava nem aí para o que falavam dele. Disse: ''Se as pessoas não gostam do que estou fazendo, eu não dou a mínima. Eu podia estar navegando no meu iate ou dirigindo pelo país''. Agora terá tempo para isso.
Análise: Especialista em criar ''saia justa'', O'Neill não deixa saudades
TONI SCIARRETTAEditor de Economia da Folha Online
O polêmico secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Paul O'Neill, não deixará saudades nem nos Estados Unidos nem no mundo desenvolvido ou emergente.
Especialista em criar ''saia justa'', foi de O'Neill pérolas como a taxa de juros no Brasil é alta devido à corrupção. Também afirmou que países como Brasil e Argentina precisavam assegurar que o dinheiro do FMI não iria parar em ''conta na Suíça''.
O Nobel de Economia, Joseph Stiglitz, conta sempre que o mesmo O'Neill que se recusava a socorrer empresas em dificuldades pedia ajuda e subsídios para a Alcoa, multinacional do alumínio que presidia. O'Neill bateu à porta de Stiglitz, quando o Nobel era assessor econômico da Casa Branca, no governo de Bill Clinton.
Pelas suas gafes, quase não foi recebido pelo presidente de um país emergente, do hemisfério pobre, como Fernando Henrique Cardoso.
Como secretário de Estado (ministro) do maior ''acionista'' do FMI, O'Neill foi um dos maiores opositores ao socorro à Argentina.
''Estamos trabalhando para encontrar uma Argentina sustentável, não uma Argentina que continue a gastar o dinheiro de carpinteiros e encanadores americanos que se perguntam que diabos estamos fazendo com o dinheiro deles'', disse.
Na Argentina, foi recebido com panelaço e ovo podre.
Ao governo Lula a derrocada de O'Neill é um recado de que executivos de excepcional atuação na iniciativa privada podem ser um desastre na administração pública.
O'Neill não estava nem aí para o que falavam dele. Disse: ''Se as pessoas não gostam do que estou fazendo, eu não dou a mínima. Eu podia estar navegando no meu iate ou dirigindo pelo país''. Agora terá tempo para isso.
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