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27/11/2002 - 11h58

Bancos cobram juro recorde; BC recomenda compras de Natal à vista

FELIPE FREIRE
da Folha Online, em Brasília

A taxa de juros cobrada em outubro pelos bancos para os empréstimos concedidos a pessoas físicas é a maior desde o início da série histórica da pesquisa do Banco Central, iniciada em junho de 2000.

No mês passado, a taxa atingiu 79,3% ao ano, o que representa um acréscimo de 4,6 pontos percentuais em relação ao valor de setembro.

O chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, recomendou aos consumidores fazer as compras de Natal à vista devido aos juros altos cobrados pelos bancos. "Seria bom que, se possível, as pessoas fizessem as compras [de Natal] à vista", disse.

Lopes também explicou que a elevação dos juros deve-se ao aumento de 18% para 21% na Selic (a taxa básica da economia), promovido em outubro pelo Copom (Comitê de Política Monetária do BC), e à subida de cinco pontos percentuais no recolhimento compulsório dos depósitos bancários à vista.

Os dois fatores e o aumento dos juros futuros encareceram a captação dos recursos pelos bancos. Em outubro, as instituições financeiras pagaram 3,7 pontos percentuais a mais para captar dinheiro no mercado. Com isso, a taxa paga pelos bancos chegou a 27,8% e o aumento foi repassado para os clientes.

Além do aumento da taxa sobre os empréstimos a pessoas físicas, também subiram os juros do cheque especial de 158,4% para 158,5% ao ano.

As taxas do crédito pessoal avançaram de 85,4% e 88,8% e as linhas de compra de automóveis tiveram um aumento nas taxas médias de 71,2% para 74,1%.

A liberação do 13º salário é uma opção para o pagamento dos presentes de Natal sem necessitar do pedido de empréstimos aos bancos. Justamente por conta do 13º, o BC espera que o volume de crédito liberado para pessoas físicas caia até o final de dezembro.
 

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