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21/11/2002 - 12h32

Brasil sobe para primeiro em ranking latino-americano de tecnologia

da Folha de S.Paulo, no Rio

Em um ano, o Brasil deu um salto e passou à liderança da América Latina no ranking de competitividade global em tecnologia da informação, elaborado pelo Banco Mundial. No relatório referente a 2001, o país ocupava o oitavo posto. Em outro levantamento, da ONU (Organização das Nações Unidas), também era oitavo.

O resultado foi apresentado ontem no primeiro dia da Cúpula de Negócios da América Latina, no Rio, uma espécie de apêndice do Fórum Econômico Mundial. O documento final, com números globais, será divulgado em janeiro, durante a reunião anual do Fórum, em Davos (Suíça).

Embora a metodologia tenha sido modificada em relação à de 2001, os autores do relatório foram enfáticos ao ressaltar os avanços no setor. O que permitiu ao país avançar ao primeiro posto, segundo eles, foi um desenvolvimento saudável do mercado local, acompanhado de um fortalecimento da aplicação de tecnologia da informação no setor empresarial. Em uma escala de 7 pontos, o país tem nota 4,4. Na sequência, estão o Chile, com 4,1 pontos, e a Argentina, com 3,62.

Estados Unidos, Suécia e Cingapura estão entre os melhores do ranking, com notas próximas a 7. Nas piores posições entre os 21 países latino-americanos estudados estão Nicarágua (2,39), Honduras (2,34) e Haiti (2,06).

Foram avaliados três atores na medição do grau de desenvolvimento do setor: o governo, as empresas e as pessoas físicas.

"Basicamente, o fio condutor desse avanço brasileiro foram os investimentos maciços em telecomunicações (pelo setor privado), o "e-government" _como concorrências públicas com editais on-line ou o pagamento de Imposto de Renda pela internet_ e a introdução de tecnologia da informação nas escolas (difusão de acesso à internet)", disse Fiona Paua, economista do Fórum e uma das autoras do relatório.

"Seria ótimo se, em toda a América Latina, houvesse a melhor estrutura e tecnologia. Mas, tão importante quanto implantá-las, é permitir que o indivíduo comum tenha acesso", disse Bruno Lanvin, diretor do Banco Mundial.

De acordo com Soumitra Dutta, outro dos co-autores do relatório, para avançar em nível global o país precisa fomentar o acesso de novos usuários em diferentes setores da sociedade. ""É preciso promover a tecnologia em hospitais, em escolas, em repartições públicas, enfim, popularizá-la".

Por iniciativa do Fórum, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) está mapeando a exclusão digital no país, com base em dados do censo e da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do IBGE. Segundo as conclusões iniciais, 87% dos brasileiros não têm computador em casa. Entre os classificados como miseráveis, o valor sobe para 98,5%.
 

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