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24/11/2002 - 23h44

Jovem é preso sob acusação de matar a avó e a empregada em SP

LÍVIA MARRA
da Folha Online
e do Agora São Paulo

Menos de um mês depois do assassinato do casal von Richthofen, que chocou o país, outro crime familiar é registrado em São Paulo. O estudante Gustavo de Macedo Pereira Napolitano, de 22 anos, foi preso sob acusação de assassinar a avó e a empregada da família a facadas.

O delegado titular do 27º Distrito Policial (Campo Belo), Enjolras Rello de Araújo, disse que o acusado "confessou o crime com riqueza de detalhes". Afirmou que o rapaz estava sob efeito de drogas. Para a polícia, Napolitano teria dito ser usuário de cocaína. Também usaria antidepressivos.

O crime, ocorrido em uma casa da alameda Maruás, Planalto Paulista, bairro de classe média alta da zona sul da cidade, foi motivado, aparentemente, pelo uso de drogas.

Segundo o delegado, o acusado contou que primeiro matou a avó, Vera Kuhn de Macedo Pereira, 73, durante a madrugada. Por volta das 7h, esfaqueou também até a morte a empregada. Cleide Ferreira da Silva, 20, trabalhava na casa havia cerca de quatro meses. Ela morava nos fundos da residência e foi rendida quando entrou para trabalhar.

De acordo com a polícia, por volta da meia-noite de ontem, Napolitano foi até a favela da rua Mauro, no Jabaquara (zona sul), com um aparelho de som, que teria trocado por cinco papelotes de cocaína. Ao voltar para casa, ele teria usado a droga e, em seguida, ido até o quarto da avó, no segundo andar da casa. A polícia acredita que Vera tenha sido morta dormindo, por volta de 1h30.

No corpo havia pelo menos 10 marcas de cortes com objetos pontiagudos, todos na região do tórax. Uma faca de cozinha e uma espada foram encontradas no quarto, segundo a perícia.

A polícia disse ainda que, após o crime, Napolitano retornou à favela com seu Gol para trocá-lo por 55 papelotes de cocaína. O acusado de fornecer as drogas também foi preso e deverá responder por tráfico.

Pela manhã, a empregada Cleide acordou e chegou a preparar o café. Ela teria sido atacada no andar térreo da casa. O corpo estava no banheiro, próximo da cozinha.

"Havia marcas de arranhões no pulso, o que indica que ela tentou se defender", afirmou o delegado José Vinciprova Sobrinho.

Os corpos foram encontrados por volta das 15h, pela mãe do acusado, Vera de Macedo Pereira, que retornou de uma viagem. Vera é gerente de uma franquia da lavanderia 5 à Sec.

Napolitano foi detido por policiais militares do 12º Batalhão nas proximidades da casa, quando iria tentar trocar um Vectra da família para trocá-lo por uma arma, segundo a polícia. No porta-malas havia uma cadeira de rodas.

O acusado morava com a avó, viúva, e abandonou a faculdade de direito há dois meses, de acordo com a polícia. Ele começaria a cursar educação física.

Segundo policiais do 27º DP, onde a ocorrência foi registrada, Napolitano disse que também mataria a mãe se ela estivesse em casa.

Ao contrário do crime ocorrido na madrugada de 31 de outubro no Brooklin, desta vez, a polícia ainda não encontrou motivo para as mortes.

Napolitano foi autuado por duplo homicídio doloso (com intenção) qualificado.

Brooklin
A filha do casal Richthofen, Suzane, 19, seu namorado, Daniel Cravinhos, 21, e o irmão dele, Cristian, 26, estão presos desde o dia 8, quando confessaram o crime.

Suzane disse, na ocasião, que o crime foi planejado e cometido "por amor". Os pais eram contra seu namoro.

Marísia e Manfred von Richthofen foram assassinados enquanto dormiam. Foram usadas barras de ferro, recheadas com madeira, para golpear o casal. As armas foram confeccionadas pelos próprios acusados.


Veja também:
  • onde fica o local do crime



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