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20/11/2002 - 20h32

Filha de Vilma foi registrada 16 anos após seu nascimento

FABIANO MAISONNAVE
da Agência Folha, em Taquaral (GO)

A Polícia Civil de Goiás descobriu hoje que Roberta Jamilly Martins Borges, uma das filhas da mãe adotiva de Pedrinho, Vilma Martins Costa, só foi registrada em cartório em 97, 16 anos após seu nascimento, em março de 81. A informação reforça a denúncia feita pela irmã de Vilma, Guiomar Costa, de que a Roberta também não seria sua filha.

Roberta foi registrada em Itaguari (90 km de Goiânia), por Vilma e Osvaldo Borges, morto no final de outubro. Foi ele também quem registrou Pedrinho como Osvaldo Borges Jr. Apesar de Borges constar como pai, a menina nasceu antes de ele e Vilma terem se conhecido.

Segundo Guiomar, Roberta teria sido levada de Taquaral, cidade a apenas 10 km de Itaguari. Nos arquivos da delegacia da cidade, no entanto, não consta nenhum sequestro de bebê.

"Se alguém tropeça de manhã, a gente sabe à tarde", disse o escrivão José Divino. A cidade tem cerca de 4.000 habitantes.

Vilma passou boa parte da infância nessa cidade, depois que sua mãe, mortá há cerca de cinco anos, se casou com Antônio da Silva, 73, seu padrasto.

Para o delegado-chefe do Deic (Departamento de Investigações Criminais), Antônio Gonçalves, "é muito estranho alguém da cidade registrar o filho 16 anos depois".

Gonçalves disse, no entanto, que não existem indícios suficientes para abertura de inquérito para apurar o registro de Roberta. "Por enquanto é tudo especulação", afirma o delegado.

Avô

"Estou chocado. Aparece cada coisa na vida, meu pai do céu", disse Silva hoje à Agência Folha. Ele disse que não sabia que Pedrinho não era filho de Vilma e desconhece qualquer história de adoção relacionada a Roberta.

O lavrador aposentado, a quem Pedrinho chama de avô, disse que ele "é o maior xodó da gente" e que o garoto costumava passar todas as férias com ele.

"Se ele for para Brasília, ele vai sentir falta daqui. Mas aí a gente visita, né?".
 

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